Às companheiras do CEI,
Abraços,
Sérgio
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Carta da Terra para Crianças
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher
Viomundo - O que você não vê na mídia
25 de novembro de 2010 às 1:25
Por Conceição Oliveira do Blog Maria Frô, twitter: @maria_fro
Hoje é o dia Internacional da Não Violência contra a Mulher.
Há cinco dias blogueiras, blogueiros, twitteiras e twitteiros mudaram seus avatares e vêm postam temáticas relacionadas à campanha. Ela prossegue até o final do mês em diferentes ações no mundo offline. Uma das primeiras ações na blogosfera e redes sociais foi da Niara do Pimenta com limão. No twitter acompanhe a hashtag #FimDaViolenciaContraMulher
No Observatório de Gênero alguns dados das ações sobre a campanha Ponto Final. Aqui, o site oficial da Campanha, que explica a sua história e sua importância.Abaixo um dos vídeos da campanha.
De minha parte convido os leitores a lerem ou relerem Sexismo emburrece e mata, um post longo que publiquei aqui no blog, em julho, e que ainda acho que tem elementos para refletimos sobre a importância do dia de hoje.
Abaixo dois vídeos da campanha Ponto Final na violência contra mulheres e meninas:
Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher | Viomundo - O que você não vê na mídia
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Violência contra as mulheres atinge 'proporções epidêmicas', diz Unesco
Blog Mulher Ativista
PARIS - A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) declarou nesta quarta-feira, 24, que a violência contra as mulheres atinge "proporções epidêmicas", visto que uma em cada três no mundo foi objeto de violência física, manteve relações sexuais forçadas ou foi vítima de maus tratos ao longo da vida.
Por isso, a Unesco planejou uma semana de eventos em torno desse problema, entre os quais uma conferência sobre "A mulher, a água e o desenvolvimento sustentável na África", no escritório de Paris.
Segundo a entidade, a comemoração do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher, nesta quarta, "nos lembra as proporções epidêmicas que esse problema de nefastas consequências para a saúde e o bem-estar pessoal das mulheres está tomando, assim como para o desenvolvimento social e econômico em geral".
A violência contra as mulheres constitui uma "violação inadmissível de seus direitos e liberdades fundamentais", declarou a diretora geral da Unesco, Irina Bokova.
sábado, 20 de novembro de 2010
Dia da consciência negra
Em que momento da vida se aprende o racismo?
Como se percebem as crianças negras em uma sociedade racista?
Esse vídeo nos dá alguma ideia:
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Xenofobia, homofobia. Até onde vai a intolerância ?
Conversa Afiada
Publicado em 15/11/2010
Ontem em São Paulo: intolerância se aprende na escolaSaiu no Agora (único jornal de São Paulo que presta), pág. A-6.
Jovens espancam quatro em ataques na Avenida Paulista.
Polícia apura homofobia em três ataques cometidos por cinco jovens de classe média.
Os “atacantes” moram com os pais em bairros de classe média e classe média alta e estudam em colégios particulares.
Eles deram socos e usaram lâmpadas fluorescentes.
Um dos “atacados” é homossexual.
Uma das vítimas disse na delegacia que enquanto batiam, os jovens gritavam “bicha, você é v… está com o namorado ?”.
Os “atacados” vinham ou iam para o trabalho.
O ataque foi às 3h da manhã de ontem.
NAVALHA
Segundo o Agora (único jornal que presta em São Paulo), este é o terceiro caso de intolerância em São Paulo de outubro para cá.
A intolerância vai por degraus.
A ordem dos degraus não altera a intensidade da intolerância.
Cabem nela os homossexuais, os pobres, os nordestinos, os que defendem o aborto, os judeus, os muçulmanos – os diferentes.
A melhor maneira de aprender a odiar o “diferente” é estudar em escolas em que só há “iguais”.
É assim que terminam políticas para desconstruir a escola pública em benefício da escola particular: em intolerância, a fase inicial do racismo.
A nova onda de intolerância começou no segundo turno desta eleição, quando o candidato José Serra e seus brucutus na internet trouxeram para a sala de jantar o vaso sanitário da patologia social brasileira.
Clique aqui para ler sobre como Serra criou a Direita Cristã no Brasil.
Serra montou no dragão da maldade.
Não ganhou a eleição.
Mas vai tentar ganhar de novo.
Só tem um problema.
O dragão da maldade é ingovernável.
Pode derrubar o cavaleiro (de novo).
Clique aqui para ler sobre a entrevista do professor Durval Albuquerque Jr. A respeito do preconceito contra o nordestino.Paulo Henrique Amorim
Xenofobia, homofobia. Até onde vai a intolerância ? | Conversa Afiada
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Os números esmagam a xenofobia. Dilma venceria sem o NE
Conversa Afiada
Paulo Henrique Amorim
Publicado em 07/11/2010
Na foto, Serra combate o aborto e bombardeia o Iraque. É o nosso neo-con
Na mesma Carta Capital em que Mino abre as vísceras da odienta campanha do Serra e do PiG (*), excelente reportagem de Cynara Menezes expõe a irracionalidade da xenofobia: essa que diz “a fome do Nordeste foi o que elegeu a Dilma”.
Não é verdade.
Diz Cynara:“depois de uma campanha violenta e baseada na mistificação, o resultado não podia ser outro: xenofobia. Mas, quem ganha com a divisão do Brasil ?
Cynara intitula a reportagem com “Os neo-cons à brasileira”.
São a sinistra paródia dos neo-cons americanos, que viajaram de Platão a Leo Strauss e Allan Bloom para justificar a isenção de impostos para os ricos e a invasão do Iraque em busca de armas de destruição em massa.
Aqui, Serra saiu em busca do Santo Graal na Basílica de Aparecida e, com mais três dias de campanha, como os neo-cons americanos ia liderar Marchas para Fechar Clinicas de Aborto (no Chile, tudo bem).
Nesse clima de “nós contra eles”, diz Cynara, foi preciso botar as idéias e os números no lugar.
Mesmo sem os votos do Nordeste, Dilma seria eleita.
Se fossem somados apenas os votos do Sul e do Sudeste, a Dilma ganharia.
Na capital paulista, de onde saíram algumas das mais odientas mensagens da internet contra os nordestinos, Serra ganhou apertado.
Serra perdeu feio em dois estados do Sudeste: Minas e Rio.
Em Minas, terra de Aécio, Dilma teve uma vantagem de 17 pontos percentuais.
No Rio, Dilma teve 5 milhões de votos contra 3 do Serra.
No Rio Grande do Sul, a vitória de Serra foi mínima.
No Paraná, ele teve 700 mil votos de frente.
Em Santa Catarina. 473 mil.
Serra só ganhou disparado mesmo nos estados do agronegócio (aqueles amiguinhos da Marina – PHA).
Bom, vamos falar do Nordeste ?
Lembra a Cynara: Dilma ganhou de 18,4 milhões a 7,6 milhões.
Foi pelo miolo do pão ? (Clique aqui para ler a entrevista da profa. Tânia Bacelar)
Não, responde, na reportagem da Cynara, o professor Durval Albuquerque Jr, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (onde já se viu ter universidade federal no Nordeste ? Dá nisso !):“Não se votou em Dilma no Nordeste porque se sente fome e, sim, porque o governo fez o povo comer.”
Continua o prof. Albuquerque:
“enquanto o país crescia a 4% ao ano, o Nordeste crescia a 8%, 9%. Houve uma inclusão social imensa … o Bolsa Família não é alienante, como se diz, é o inverso: conscientizou as pessoas, fez elas se sentirem gente e passarem a exigir mais.”
“Eles (a elite branca – e separatista, no caso de São Paulo – PHA) eles queixam-se de que já não contratam empregados com tanta facilidade, pagando qualquer coisa”.
Conclui o professor Albuquerque.
Poderia ter dito, também: quando se abole a Escravidão, a reação é odienta.
Lembra o professor Fábio Comparato, em imperdível entrevista à Caros Amigos: o Partido Republicano Paulista aderiu à República, mas, não à Abolição …
Será que já aderiu, amigo navegante ?
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
Os números esmagam a xenofobia. Dilma venceria sem o NE | Conversa Afiada
Pernambucana Bacelar enfrenta a xenofobia
Conversa Afiada
Paulo Henrique Amorim
Publicado em 07/11/2010
Arrogância esconde xenofobia
Amigo navegante pernambucano manda o link da entrevista da professora Tânia Bacelar ao Diário de Pernambuco.
Ela trata da campanha de ódio contra os nordestinos, desfechada pela atividade do candidato José Serra quando candidato à presidência da República e, pela segunda vez, esmagadoramente derrotado.
Antes, este Conversa Afiada reproduziu artigo de Mauricio Dias na Carta Capital, que tratava da professora Bacelar, quando, na passagem do primeiro para o segundo turno, já enfrentava a xenofobia: o Nordeste não votou em Dilma pelo miolo do pão, ponderou Dias.
Leia agora o que ela diz sobre a campanha do “São Paulo só para paulistas”, que, breve, se depender da elite branca de São Paulo, se tornará “Brasil só para paulistas” (que é como o PSDB de São Paulo pensa):http://www.diariodepernambuco.com.br/2010/11/07/politica12_0.asp
Entrevista // Tânia Bacelar
Josué NogueiraHá uma imagem deformada do Nordeste
A professora Tânia Bacelar nem imaginava. Mas, ao escrever o artigo ´O voto do Nordeste: para além do preconceito’, publicado na revista Nordeste e reproduzido por uma infinidade de blogs Brasil afora, antecipou uma resposta – e que resposta – à velha tese que motivou uma nova onda de ataques aos nascidos na área compreendida entre o Maranhão e a Bahia. O texto rebate com fatos e análises o conceito preconcebido de que os nordestinos são um peso para o país e que Dilma Rousseff (PT) só foi eleita presidente porque os eleitores da região votaram em troca do Bolsa Família. Nesta entrevista, Bacelar, doutora em economia e docente do departamento de Geografia da UFPE, aprofunda sua avaliação sobre os números das eleições no Nordeste. Diz que nos últimos oito anos, a região passou a receber investimentos em áreas estratégicas e que o resultado dessa ´atenção`, é crescimento, movimentação da economia, emprego, oportunidades.
O seu artigo responde à manifestação que ocupou o Twitter na semana passada sugerindo morte aos nordestinos por conta da vitória de Dilma. Como a senhora avalia essa situação?
Acho que esse debate reflete que existe um preconceito realmente e que há uma imagem deformada do Nordeste, principalmente no Sudeste e no Sul. Uma imagem de que o Nordeste é uma região de miséria, que é uma carga, como se não tivesse potencialidades. Isso reflete, primeiro, o desconhecimento da história do país. O Nordeste é o lastro econômico, cultural e político do Brasil. Mas num determinado momento dessa história, os investimentos e a dinâmica se concentraram no Sudeste e o Nordeste perdeu o trem da industrialização lá no século 20.Quais perdas o país pode ter com posturas desse tipo?
A gente pode perder um dos aspectos pelos quais o país é admirado. Quem já viveu no exterior sabe que uma das características que tornam a nossa sociedade admirada lá fora é a capacidade de conviver com a diferença.
Em que áreas estão os potenciais do Nordeste?
O governo federal retomou o crescimento das universidades públicas. Fez quatro universidades na região. Cidades médias, como Petrolina (PE) e Mossoró (RN), não tinham universidades públicas. As pessoas têm potencial para se desenvolver, mas não têm oferta de oportunidade. Acho que a gente deve discutir onde devemos colocar os novos investimentos e o Nordeste já mostrou que pode dar uma resposta positiva com o pouquinho de mudança que já aconteceu nessa década. É errado achar que tudo o que é defesa de São Paulo é defesa do Brasil e tudo o que é defesa de qualquer outro lugar é ´defesinha` regional. São Paulo é muito importante mas não representa o Brasil. O Brasil é muito mais. A gente precisa balizar melhor esse debate sem deixar de reconhecer a importância de São Paulo. Mas não podemos caricaturar os outros de ser peso, de não ter com que contribuir.
O presidente Lula foi corajoso ao mudar o foco dos investimentos?
Lula teve um atributo muito interessante. Perdeu várias eleições, levou muito tempo se preparando para ser presidente do país e fez as tais caravanas. Eu atribuo essa leitura que ele tem do Brasil à chance que ele teve de conhecer profundamente o Brasil inteiro. Isso muda a cabeça.
Quem votou em Dilma aposta na continuidade do governo. Pelos discursos proferidos até agora por ela a senhora acredita que as políticas de investimento no Nordeste serão mantidas?
Tenho me surpreendido positivamente com ela. Por exemplo, o discurso feito no momento em que ela recebeu a notícia que tinha vencido, considero muito bom. Ela começa falando das mulheres, depois assume o compromisso com a eliminação da pobreza extrema. Diz também ter compromisso com os pequenos empreendedores do Brasil e assume isso. Achei muito bonito, depois de falar da erradicação da miséria, ela ter se lembrado dos pequenos empreendedores. O Nordeste está cheio deles.
As oligarquias deram sua contribuição para o enraizamento desse preconceito, não?
Parte da explicação vem das oligarquias. Para as antigas, ainda bem que elasestão morrendo e perdendo eleitoralmente. Os resultados dessa eleição são um novo baque. É importante lembrar que elas não só existem no Nordeste. Santa Catarina é um ´brilho` de oligarquias. No discurso delas não interessava mostrar potencial. Porque elas se locupletavam da miséria. O discurso reproduzia a miséria. Elas ajudaram a criar o preconceito.
O Brasil não é bicolor. É miscigenado
Conversa Afiada
Publicado em 08/11/2010
O Conversa Afiada publica tweet do amigo navegante IlustreBob:
sujeitomedio: RT @IlustreBOB: Novo infográfico que fiz: O BRASIL NÃO É BICOLOR: http://bit.ly/bcvWPw — contrapondo o que o #PIG mostrou para Mayara Petruso
O Brasil bicolor e o Brasil miscigenado
NAVALHA
Este post é uma singela homenagem a Gilberto Freyre e a Chico Buarque, autor de “Paratodos”.
Este Conversa Afiada recomenda que José Serra, no exílio francês, leia “Casa Grande”, para ver se aprende a escrever.
E ouça “Paratodos” – como sugere este post -, para deixar de ser bairrista (e santarrão).
Paulo Henrique Amorim
Vídeo encontrado com grupo neonazista teria ameaças a Paulo Paim, diz delegado
Blog da Dilma
novembro 6th, 2010 | Autor: Jussara Seixas
Senador afirmou que não irá pedir reforço na sua segurança
Entre os materiais apreendidos pela Polícia gaúcha com o grupo neonazista desarticulado nesta quarta-feira, no centro de Porto Alegre, está um vídeo com ameaças ao senador reeleito Paulo Paim (PT). A informação foi confirmada pelo delegado Paulo César Jardim, responsável pelo caso.
Através de um mandado judicial de busca e apreensão, os agentes entraram numa casa na rua Riachuelo e encontraram diversos materiais que fazem apologia ao nazismo e a Adolf Hitler.
Foram apreendidos cerca de cem CDs, símbolos nazistas, livros, roupas com suásticas e um vídeo feito pelo grupo contra o racismo. Nas imagens aparecem arrastões, cenas de violência contra negros, além de supostas ameaças ao senador. O grupo seria contra o parlamentar pelo fato dele defender cotas raciais nas universidades.
Apesar das ameaças, Paulo Paim garante que não irá mudar a sua forma de agir no Senado.
— Eles não vão me intimidar com isso. Vou seguir o meu trabalho normalmente aqui em Brasília. Defendo os discriminados e vou seguir defendendo. É inacreditável que esse tipo de coisa siga ocorrendo até hoje — afirmou.
O senador garantiu que não irá pedir reforço na sua segurança pessoal.
— O delegado Paulo César Jardim me telefonou e avisou que essas facções têm ramificações em todo o Brasil. É preciso ficar atento, mas não vou pedir aumento na minha segurança. O que eu vou fazer é solicitar uma audiência pública aqui em Brasília para discutir esse tema — disse.
No final da tarde, o senador Paulo Paim divulgou uma nota oficial. Confira:
“Se eles pensam que com este movimento vão calar a minha voz no Congresso Nacional, que sempre foi e será, em defesa dos discriminados, sejam eles negros, brancos, índios, ciganos, evangélicos, católicos, de matriz africana, judeus, palestinos e daqueles que lutam pela livre orientação sexual, estão enganados.
Pelo contrário. Continuarei a minha luta para que todos os preconceitos e discriminações sejam eliminados em nosso país. Se o material elaborado por essas pessoas foi feito para me intimidar ou prejudicar, isso não aconteceu, pois não me intimido e tampouco os gaúchos. Lembro que há oito anos fui eleito para o Senado com 2 milhões de votos e o povo gaúcho numa demonstração de repúdio a esse tipo de atitude neonazista me reelegeu com quase o dobro de votos, 3.9 milhões.
Sou o único senador negro eleito e reeleito na história da República Brasileira. Sei das minhas responsabilidades perante este momento. É inadmissível que em pleno século 21, quando os Estados Unidos elegeram um negro presidente, a Bolívia um índio presidente e o Brasil uma mulher presidente, nós tenhamos que conviver com situações como a ocorrida hoje em Porto Alegre.
Tenho absoluta certeza que atitudes como essa não são aceitas pelo povo gaúcho e brasileiro. Não vou exigir segurança pessoal como foi levantado. Pretendo sim, realizar uma audiência pública aqui no Senado no dia 19 de novembro, véspera do Dia Nacional da Consciência Negra com a presença da OAB, CNBB, Ministério da Justiça, Direitos Humanos, Movimento Negro”.
RÁDIO GAÚCHA E ZEROHORA.COM
Vídeo encontrado com grupo neonazista teria ameaças a Paulo Paim, diz delegado
Projeto: Bichinhos do meu convívio" Berçários 4, 6 e 7
O nosso projeto é fruto da observação cotidiana do entorno. As saídas diárias com as crianças ao espaço do solário apresentam para nós o “morro” com toda sua magnitude e ondulações, com um gramado altivo e majestoso.
A observação e a apreciação provocaram o interesse de nos apropriarmos desse espaço como fonte de possibilidades e pesquisa.
O morro é ocupado por diferentes seres vivos sendo os pássaros os habitantes mais comuns em diversidade e quantidade de espécies, adaptados a atmosfera da cidade surgem em busca de sua sobrevivência.
Muitas vezes paramos para observa- los na sua busca rasante por alimentos na grama, nos emocionamos com seus cantos que destoam da sonoridade ruidosa e confusa a que estamos acostumados. Quando voam enchem o céu com sua magnitude libertária trazendo a crença na força da vida que se renova sempre.
O projeto nos fez mais sensíveis e observadores a esse movimento que outrora passaria imperceptível, misturado, diluído com a incapacidade que temos de enxergar o óbvio devido ao cansaço dos nossos olhos doutrinados pela emergência imposta pelo tempo do relógio.
A contemplação do espaço natural nos fez mais críticos, corresponsáveis por nossas atitudes para com ele e mais ávidos por compartilharmos de uma forma integrada e menos agressiva com o meio.
Certos da urgência em modificarmos a nossa relação com o meio ambiente lançamos um desafio. Que tal iniciarmos pelo nosso local de convivência?
Texto: Professora Elis Regina Bonachello
domingo, 7 de novembro de 2010
Xô, xenofobia!
Após a onda de xenofobia contra nordestinos que teve como grande desencadeadora as afirmações de ódio e preconceito da estudante de direito Mayara Petruso. A reação da maior parte da população foi de aversão a este tipo de atitude. Devemos realmente manter nossa indignação e coibir posturas como essa. Uma das maneiras é denunciar, a outro apoiar os manifestos contrários. Veja abaixo o post de Azenha em que mostra que o site Safernet já denunciou ao Ministério Público mais de 1000 perfis do Twiter e Facebok com manifestações racistas e xenófobas. Para denunciar crimes contra direitos humanos na internet a Safernet tem uma página que qualquer um pode acessar (clique aqui). Também é possível aos paulistas (a maioria) que repudiam o ódio contra nordestinos assinar digitalmente aqui o manifesto “Vixe! Sou paulista, mas não sou idiota. São Paulo para todos” como publicado no Blog Limpinho e Cheiroso reproduzido ao final deste post.
5 de novembro de 2010 às 19:34
Safernet denuncia 1037 perfis do Twitter e do Facebook por racismo
Safernet denuncia mil contas por racismo
Enviado por claudiacardozo, sex, 11/05/2010 – 17:51
05/11/2010
do site da Safernet, dica do Stanley Burburinho
Fonte:
http://info.abril.com.br/noticias/internet/safernet-denuncia-mil-contas-por-racismo-05112010-40.shl
Autor:
Vinicius Aguiari, de INFO Online
SÃO PAULO – A ONG Safernet protolocou ontem no Ministério Público paulista uma notícia-crime relacionada às manifestações de racismo cometidas no Twitter e no Facebook no domingo, após a apuração das eleições.
O relatório da Safernet identifica 1 037 perfis acusados de cometer racismo contra nordestinos. Os perfis foram denunciados por outros usuários desde domingo até às 18h de ontem.
Segundo o presidente da Safernet, Tiago Tavarez, cabe agora ao MP decidir se aceita a denúncia e aprofunda as investigações sobre o caso ou se o arquiva. Além da notícia-crime da Safernet, o MP também recebeu uma outra denúncia da Ordem dos Advogados do Brasil de Pernambuco.
As mensagens racistas contra os nordestinos foram publicadas na web após a realização das eleições no domingo. As denúncias chegaram à ONG por meio da página www.denuncie.org.br.
Apagar contas não exclui provas, diz advogado
Segundo o professor de direito digital e sócio do escritório Opice Blum, Rony Vainzof, a exclusão das mensagens e das contas não excluem as provas. O que importa, nesse caso, é o ato doloso, a vontade consciente do ilícito de praticar, induzir ou incitar a discriminação”, explica ele.
Os usuários que publicaram mensagens racistas sofrem com um agravante, pois cometeram o crime de racismo através de um meio de comunicação. Dessa forma, a pena pode aumentar de um a três anos para de dois para até cinco anos. “É importante que os usuários se conscientizem que a internet não é um mundo sem lei”, alerta o advogado.
Movimento “Vixe! Sou paulista, mas não sou idiota. São Paulo para todos.”
Blog Limpinho e Cheiroso – um blog higiênico
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Um movimento suprapartidário para retomar a harmonia entre os brasileiros para fazer o País continuar mudando.
O Blog Limpinho & Cheiroso, depois de publicar alguns posts relatando as mensagens eletrônicas racistas, xenófobas, preconceituosas e carregadas de ódio que invadiram a internet durante as eleições presidenciais e, principalmente, após a vitória de Dilma Rousseff, recebeu vários comentários de internautas indignados com o fato e outros que combateram o preconceito com preconceito.
Moçada, devagar com o andor, porque o santo é de barro.
Como paulistano, o Limpinho concorda que certa parcela da sociedade paulista se acha dona do Brasil e se sente no direito de ditar regras para todos os brasileiros. Porém, nem todos os paulistas são idiotas como algumas pessoas do restante do Brasil acham. Aqui tem gente legal também!
Por sugestão do internauta Paulo Cesar do Lago (autor do texto do manifesto), o Limpinho encampou o movimento “Vixe! Sou paulista, mas não sou idiota. São Paulo para todos”.
O movimento tem como principal objetivo trazer a harmonia e paz entre os brasileiros, além de pretender minimizar (acabar, infelizmente, não é possível) qualquer tipo de preconceito e xenofobia. Ele é suprapartidário e dedicado aos paulistas e às pessoas que nasceram em outras regiões do Brasil, mas que se consideram paulistas devido ao longo tempo que vivem em São Paulo. O importante é que todos aceitem a diversidade existente no País e acreditem no valor de todos os brasileiros independente de origem, credo, raça, cultura e profissão.
O mote do movimento “Vixe! Sou paulista, mas não sou idiota. São Paulo para todos” é a música Paratodos do escritor, compositor e cantor Chico Buarque. A letra diz tudo, e mais um pouco, sobre a diversidade brasileira e que todos nós formamos uma grande nação.Para ler e assinar o manifesto, clique aqui.
Paratodos
Chico Buarque
O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Meu maestro soberano
Foi Antonio Brasileiro
Foi Antonio Brasileiro
Quem soprou esta toada
Que cobri de redondilhas
Pra seguir minha jornada
E com a vista enevoada
Ver o inferno e maravilhas
Nessas tortuosas trilhas
A viola me redime
Creia, ilustre cavalheiro
Contra fel, moléstia, crime
Use Dorival Caymmi
Vá de Jackson do Pandeiro
Vi cidades, vi dinheiro
Bandoleiros, vi hospícios
Moças feito passarinho
Avoando de edifícios
Fume Ari, cheire Vinícius
Beba Nelson Cavaquinho
Para um coração mesquinho
Contra a solidão agreste
Luiz Gonzaga é tiro certo
Pixinguinha é inconteste
Tome Noel, Cartola, Orestes
Caetano e João Gilberto
Viva Erasmo, Ben, Roberto
Gil e Hermeto, palmas para
Todos os instrumentistas
Salve Edu, Bituca, Nara
Gal, Bethania, Rita, Clara
Evoé, jovens à vista
O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Vou na estrada há muitos anos
Sou um artista brasileiro
Calem a boca, Nordestinos!
Do site crerétambempensar!
Calem a boca, nordestinos! (corrigido)
Por José Barbosa Junior
A eleição de Dilma Rousseff trouxe à tona, entre muitas outras coisas, o que há de pior no Brasil em relação aos preconceitos. Sejam eles religiosos, partidários, regionais, foram lançados à luz de maneira violenta, sádica e contraditória.
Já escrevi sobre os preconceitos religiosos em outros textos e a cada dia me envergonho mais do povo que se diz evangélico (do qual faço parte) e dos pilantras profissionais de púlpito, como Silas Malafaia, Renê Terra Nova e outros, que se venderam de forma absurda aos seus candidatos. E que fique bem claro: não os cito por terem apoiado o Serra... outros pastores se venderam vergonhosamente para apoiarem a candidata petista. A luta pelo poder ainda é a maior no meio do baixo-evangelicismo brasileiro.
Mas o que me motivou a escrever este texto foi a celeuma causada na internet, que extrapolou a rede mundial de computadores, pelas declarações da paulista, estudante de Direito, Mayara Petruso, alavancada por uma declaração no twitter: "Nordestino não é gente. Faça um favor a SP, mate um nordestino afogado!".
Infelizmente, Mayara não foi a única. Vários outros “brasileiros” também passaram a agredir os nordestinos, revoltados com o resultado final das eleições, que elegeu a primeira mulher presidentE ou presidentA (sim, fui corrigido por muitos e convencido pelos "amigos" Houaiss e Aurélio) do nosso país.
E fiquei a pensar nas verdades ditas por estes jovens, tão emocionados em suas declarações contra os nordestinos. Eles têm razão!
Os nordestinos devem ficar quietos! Cale a boca, povo do Nordeste!
Que coisas boas vocês têm pra oferecer ao resto do país?
Ou vocês pensam que são os bons só porque deram à literatura brasileira nomes como o do alagoano Graciliano Ramos, dos paraibanos José Lins do Rego e Ariano Suassuna, dos pernambucanos João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira, ou então dos cearenses José de Alencar e a maravilhosa Rachel de Queiroz?
Só porque o Maranhão nos deu Gonçalves Dias, Aluisio Azevedo, Arthur Azevedo, Ferreira Gullar, José Louzeiro e Josué Montello, e o Ceará nos presenteou com José de Alencar e Patativa do Assaré e a Bahia em seus encantos nos deu como herança Jorge Amado, vocês pensam que podem tudo?
Isso sem falar no humor brasileiro, de quem sugamos de vocês os talentos do genial Chico Anysio, do eterno trapalhão Renato Aragão, de Tom Cavalcante e até mesmo do palhaço Tiririca, que foi eleito o deputado federal mais votado pelos... pasmem... PAULISTAS!!!
E já que está na moda o cinema brasileiro, ainda poderia falar de atores como os cearenses José Wilker, Luiza Tomé, Milton Moraes e Emiliano Queiróz, o inesquecível Dirceu Borboleta, ou ainda do paraibano José Dumont ou de Marco Nanini, pernambucano.
Ah! E ainda os baianos Lázaro Ramos e Wagner Moura, que será eternizado pelo “carioca” Capitão Nascimento, de Tropa de Elite, 1 e 2.
Música? Não, vocês nordestinos não poderiam ter coisa boa a nos oferecer, povo analfabeto e sem cultura...
Ou pensam que teremos que aceitar vocês por causa da aterradora simplicidade e majestade de Luiz Gonzaga, o rei do baião? Ou das lindas canções de Nando Cordel e dos seus conterrâneos pernambucanos Alceu Valença, Dominguinhos, Geraldo Azevedo e Lenine? Isso sem falar nos paraibanos Zé e Elba Ramalho e do cearense Fagner...
E Não poderia deixar de lembrar também da genial família Caymmi e suas melofias doces e baianas a embalar dias e noites repletas de poesia...
Ah! Nordestinos...
Além de tudo isso, vocês ainda resistiram à escravatura? E foi daí que nasceu o mais famoso quilombo, símbolo da resistência dos negros á força opressora do branco que sabe o que é melhor para o nosso país? Por que vocês foram nos dar Zumbi dos Palmares? Só para marcar mais um ponto na sofrida e linda história do seu povo?
Um conselho, pobres nordestinos. Vocês deveriam aprender conosco, povo civilizado do sul e sudeste do Brasil. Nós, sim, temos coisas boas a lhes ensinar.
Por que não aprendem conosco os batidões do funk carioca? Deveriam aprender e ver as suas meninas dançarem até o chão, sendo carinhosamente chamadas de “cachorras”. Além disso, deveriam aprender também muito da poesia estética e musical de Tati Quebra-Barraco, Latino e Kelly Key. Sim, porque melhor que a asa branca bater asas e voar, é ter festa no apê e rolar bundalelê!
Por que não aprendem do pagode gostoso de Netinho de Paula? E ainda poderiam levar suas meninas para “um dia de princesa” (se não apanharem no caminho)! Ou então o rock melódico e poético de Supla! Vocês adorariam!!!
Mas se não quiserem, podemos pedir ao pessoal aqui do lado, do Mato Grosso do Sul, que lhes exporte o sertanejo universitário... coisa da melhor qualidade!
Ah! E sem falar numa coisa que vocês tem que aprender conosco, povo civilizado, branco e intelectualizado: explorar bem o trabalho infantil! Vocês não sabem, mas na verdade não está em jogo se é ou não trabalho infantil (isso pouco vale pra justiça), o que importa mesmo é o QUANTO esse trabalho infantil vai render. Ou vocês não perceberam ainda que suas crianças não podem trabalhar nas plantações, nas roças, etc. porque isso as afasta da escola e é um trabalho horroroso e sujo, mas na verdade, é porque ganha pouco. Bom mesmo é a menina deixar de estudar pra ser modelo e sustentar os pais, ou ser atriz mirim ou cantora e ter a sua vida totalmente modificada, mesmo que não tenha estrutura psicológica pra isso... mas o que importa mesmo é que vão encher o bolso e nunca precisarão de Bolsa-família, daí, é fácil criticar quem precisa!
Minha mensagem então é essa: - Calem a boca, nordestinos!
Calem a boca, porque vocês não precisam se rebaixar e tentar responder a tantos absurdos de gente que não entende o que é, mesmo sendo abandonado por tantos anos pelo próprio país, vocês tirarem tanta beleza e poesia das mãos calejadas e das peles ressecadas de sol a sol.
Calem a boca, e deixem quem não tem nada pra dizer jogar suas palavras ao vento. Não deixem que isso os tire de sua posição majestosa na construção desse povo maravilhoso, de tantas cores, sotaques, religiões e gentes.
Calem a boca, porque a história desse país responderá por si mesma a importância e a contribuição que vocês nos legaram, seja na literatura, na música, nas artes cênicas ou em quaisquer situações em que a força do seu povo falou mais alto e fez valer a máxima do escritor: “O sertanejo é, antes de tudo, um forte!”
Que o Deus de todos os povos, raças, tribos e nações, os abençoe, queridos irmãos nordestinos!
José Barbosa Junior, na madrugada de 03 de novembro de 2010.
José Barbosa Junior nasceu em Teresópolis-RJ em 29/12/1970. É convertido ao Evangelho desde março de 1987. É estudante de Teologia no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, onde também reside. É palestrante e pregador, além de músico e letrista. Desde 2004 é escritor e editor do site www.crerepensar.com.br
http://www.crerepensar.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=204&Itemid=26
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
O Bolsa Família dos norte-americanos
Para quem prega ou disfarça o preconceito contra nordestinos: 42 milhões de americanos recebem ajuda do governo para enfrentar a crise. Será que os que ainda tem emprego por lá querem afogá-los?
Viomundo - O que você não vê na mídia
4 de novembro de 2010 às 17:42
WSJ: 42.389.619 de americanos dependem do Bolsa Família para comer
November 4, 2010, 2:47 PM ET
In U.S., 14% Rely on Food Stamps
By Sara Murray, naquele jornal comunista, o Wall Street JournalUm grande número de domicílios americanos ainda depende da assistência do governo para comprar comida, no momento em que a recessão continua a castigar famílias.
O número dos que recebem o cupom de comida [food stamps, a versão americana do Bolsa Família] cresceu em agosto, as crianças tiveram acesso a milhões de almoços gratuitos e quase cinco milhões de mães de baixa renda pediram ajuda ao programa de nutrição governamental para mulheres e crianças.
Foram 42.389.619 os americanos que receberam food stamps em agosto, um aumento de 17% em relação a um ano atrás, de acordo com o Departamento de Agricultura, que acompanha as estatísticas. O número cresceu 58,5% desde agosto de 2007, antes do início da recessão.
Em números proporcionais, Washington DC [a capital dos Estados Unidos] tem o maior número de residentes recebendo food stamps: mais de um quinto, 21,1%, coletaram assistência em agosto. Washington foi seguida pelo Mississipi, onde 20,1% dos moradores receberam food stamps, e pelo Tennessee, onde 20% dos residentes buscaram ajuda do programa de nutrição.
Idaho teve o maior aumento no número de recipientes no ano passado. O número de pessoas que receberam food stamps no estado subiu 38,8%, mas o número absoluto ainda é pequeno. Apenas 211.883 residentes de Idaho coletaram os cupons em agosto.
O benefício nacional médio por pessoa foi de 133 dólares e 90 centavos em agosto. Por domicílio, foi de 287 dólares e 82 centavos.
Os cupons se tornaram um refúgio para os trabalhadores que perderam emprego, particularmente entre os estadunidenses que já exauriram os benefícios do seguro-desemprego. Filas nos supermercados à meia-noite do primeiro dia do mês demonstram que, em muitos casos, o benefício não está cobrindo a necessidade das famílias e elas correm antes da chegada do próximo cheque.
Mesmo durante as férias de verão as crianças retornaram às escolas para tirar proveito da merenda, onde ela estava disponível. Cerca de 195 milhões de almoços foram servidos em agosto e 58,9% deles foram de graça. Outros 8,4% foram a preço reduzido. Este número vai aumentar quando os dados do outono forem divulgados já que as crianças estarão de volta às escolas. Em setembro passado, por exemplo, mais de 590 milhões de almoços foram servidos, quase 64% de graça ou com preço reduzido.
Crianças cujas famílias tem renda igual ou até 130% acima da linha da pobreza — 28 mil e 665 dólares por ano para uma família de quatro pessoas — podem ter acesso a almoços gratuitos. As famílias que tem renda entre 130% a 185% acima da linha da pobreza — 40 mil e 793 dólares para uma família de quatro — podem receber refeições a preço reduzido, não mais que 40 centavos de dólar de desconto.
Ps do Viomundo: Texto dedicado àqueles que acham chique os programas sociais na França, na Alemanha e nos Estados Unidos, mas tem “horror!” dos programas sociais brasileiros.
Escândalo: está em marcha o “SP (só) para paulistas”
Publicado em 04/11/2010
Na foto, uma reunião do pessoal do SP só para SP
O Conversa Afiada reproduz e-mail do amigo navegante Miguel, do Limpinho e Cheiroso:
Caros amigos do Conversa Afiada,
Fiquei estupefacto ao ler o Terra Magazine, do Bob Fernandes. A repórter Ana Cláudia Barros fez duas matérias de cair o queixo. Numa, ela entrevistou Fabiana Pereira, 35 anos, autora intelectual (sic) do manifesto que circula na internet “São Paulo para os paulistas”. Em outra, Ana Cláudia entrevistou Willian Godoy Navarro, 22 anos, signatário do manifesto e articulador, juntamente com Fabiana e outros 600 paulistas, do Movimento Juventude Paulistana.
Com o Movimento Juventude Paulistana, eles querem mudar, quer dizer, melhorar São Paulo e fazer manifestações à la Greenpeace. A primeira será, observe a coincidência, na Ponte Estaiada. Outra coisa: a Fabiana defende a atitude da xenófoba-estudante de Direito-paulistana Mayara.
Sério! Dá medo ao ler as matérias… Nossa Senhora da Antixenofobia que nos proteja.
O Limpinho reproduziu os textos:
http://limpinhocheiroso.blogspot.com/2010/11/em-manifesto-na-web-jovens-paulistas.html
Depois de ler os artigos o Limpinho chegou às seguintes conclusões:
1. Em São Paulo, a coisa está muito pior do que eu imaginava. Muito pior…
2. Fazer manifestação na Ponte Estaiada é sintomático. Quem é da capital de São Paulo sabe que o pano de fundo do jornalismo paulistano da Rede Globo é a Ponte Estaiada. Que coincidência!
3. Willian Godoy Navarro, mesmo medindo suas palavras, se entregou: “Essas pessoas [Movimento São Paulo para os paulistas] querem mudar São Paulo, mudar não, pelo menos, melhorar.”
4. A Fabiana Pereira, com todo respeito, não diz coisa com coisa: “Acabaram usando tudo isso [a xenofobia da Mayara] para colocar até um pouco como vítima, né?!”
5. Eles querem usar a mesma tática do Greenpeace, aquele movimento que se calou durante o vazamento de petróleo no Golfo do México, cuja culpa foi da British Petroleum, que se tornou um dos piores da história dos Estados Unidos. Só falta eles querem também seguir os Repórteres com, quer dizer, Sem Fronteiras.
Miguel Baia Bargas
Blog Limpinho & Cheiroso
http://limpinhocheiroso.blogspot.com/
NAVALHA
Como foi que tudo isso começou, amigo navegante ?
Começou aqui, amigo navegante: Serra semeou o ódio e agora o Brasil colhe a tempestade do preconceito, da discriminação e da xenofobia.
Recomenda-se reler o texto da professora Tânia Bacelar, da Universidade Federal de Pernambuco, em Mauricio Dias da Carta Capital: “O Nordeste não trocou o voto pelo miolo do pão”.
E aqui para ler “Serra perdeu porque São Paulo só pensa em São Paulo”.
Que horror !Paulo Henrique Amorim
Escândalo: está em marcha o “SP (só) para paulistas” | Conversa Afiada
Sugestões para a jovem estudante de direito
Blog da Dilma
novembro 4th, 2010 | Autor: CelsoJardim
Mayara Petruso foi demitida do escritório de advocacia em que estagiava, a estudante de direito pleiteava um emprego para ajudar a pagar a faculdade.
Além disso a Ordem dos Advogados do Brasil de Pernambuco (OAB-PE) decidiu entrar com notícia-crime contra a estudante paulista Mayara Petruso no Ministério Público Federal, pedindo abertura de ação penal pelos crimes de racismo e por incitação à prática de homicídio.
Sugestões para a jovem fascista:
1. Se não conseguir outro estágio ou emprego para pagar os últimos anos do curso de Direito, vê se consegue uma bolsa do ProUni, para isso tem que ter nota alta no ENEM, e ter estudado em escola pública. Ou ainda um FIES, que agora os estudantes de baixa renda que conseguem um financiamento não precisam de fiador.
2. Caso não consiga nada das hipoteses anteriores, tente se inscrever no Bolsa Família e se atender os requisitos e provar que a família tem renda que se enquadre torça para ser aceita.
3. Se não precisar de nada disso e a família tiver condições financeiras até ser julgada vá passear no nordeste e conheça as praias mais bonitas do país, e conheça uma culinária atraente e também saiba com é o nordestino, um povo alegre e educado como a maioria dos brasileiros, aproveite e aprenda um pouco da cultura popular brasileira, afinal você é jovem e tem muito que aprender ainda na vida.
* Celso Jardim
Auschwitz brasileira: você vai?
Blog do Miro
Altamiro Borges
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Reproduzo artigo enviado pelo internauta Mauro Carrara:
Durante a II Guerra Mundial, milhões de judeus foram enviados a campos de concentração e extermínio pelo governo nazista de Adolf Hitler. No entanto, no principal complexo da morte, Auschwitz-Birkenau, na Polônia, foram encarcerados também membros da resistência democrática, intelectuais, artistas, religiosos, elementos considerados anti-sociais, ciganos e homossexuais.
Cidadãos alemães, poloneses, franceses, italianos, russos e de outras nacionalidades, inclusive crianças e idosos, encontraram ali a angústia de seus últimos dias. Pelo menos 2 milhões de seres humanos foram mortos nessas instalações. Muitos pereceram nas câmaras de gás, envenenados pelo pesticida Zyklon B.
Não por acaso, o sistema remete à campanha informal “afogue um nordestino”, em curso nas redes sociais virtuais brasileiras, movida por militantes da candidatura derrotada de José Serra à presidência da República.
A autora da proposta é a estudante de Direito paulista Mayara Petruso, para quem os nordestinos são “vagabundos” que “fazem filho” para receber benefícios do programa Bolsa Família.
De acordo com os seguidores do grupo, como Maxi Franzoi, ativo no Twitter, a perseguição é legítima. Segundo o jovem, as nordestinas “nem banho tomam” e não há chuveiros instalados na região.
A campanha de perseguição aos diferentes movida pela juventude tucana, porém, alcança outros grupos minoritários divergentes.
Amarela azeda e aleijado FDP
Na comunidade Brasil (1,3 milhão de membros), da rede Orkut, por exemplo, a professora sansei Marina Okuhara, procurava argumentar civilizadamente em favor das políticas de distribuição de renda no Brasil quando foi chamada de “amarela azeda”, “vaca oriental sem bunda” e intimada a deixar o Brasil e se mudar para a “Coreia do Norte”.
Agressões e graves ameaças também têm sido registradas contra nortistas (os “índios burros”, como escreveu um simpatizante de José Serra no Twitter), cariocas, mineiros, bolivianos, homossexuais, deficientes físicos, negros e obesos.
Na rede Orkut, o termo “aleijado filho da puta tem que virar sabão” foi utilizado várias vezes, entre risadas escritas, contra um estudante portador de necessidades especiais que defendia a candidatura de Dilma Rousseff.
Nas rotulagens padronizadas por esses grupos, cariocas são “traficantes e prostitutas”, mineiros são “comedores de pão de queijo vendidos”, bolivianos são “sub-raça que infecta São Paulo”, homossexuais são “pecadores aidéticos” a serem eliminados, deficientes são “estorvos”, negros são “indolentes” (embora muitos revoltosos afirmem até mesmo conversar “normalmente” com eles) e obesos compõem a “escória da raça”.
O último tipo de classificação gerou até mesmo um novo “esporte” universitário. Na Unesp, um grupo de alunos instituiu o chamado “Rodeio das Gordas”, que também ganhou uma comunidade na rede Orkut e inúmeras adesões no Twitter.
Durante uma festa, os rapazes saltavam sobre as costas das garotas consideradas obesas e as dominavam por estrangulamento. Diante do desespero das vítimas, os “cowboys” berravam: “pula, pula, gorda bandida”.
Logicamente, os esquerdistas recebem um tratamento especial na Internet. Nomeados “comunistas de merda”, devem se transferir para Cuba ou para o Vietnã. Frequentemente recebem ameaças físicas.
O Blog da Cidadania, de Eduardo Guimarães, por exemplo, registrou logo após as eleições um “aviso” do gênero, escrito por um certo Ruiz:
- Vocês estão fudidos, nem que a gente tenha que quebrar vocês na rua… só no taco de baseball e se vier é melhor cair dentro neném, que aqui não tem perdão
Esses movimentos têm umbilical relação com as campanhas movidas pelas tropas de choque virtuais da candidatura do PSDB à presidência. Um olhar mais atento atestará que os animadores das gangues da intolerância estiveram empenhados na propaganda tucana.
Sabe-se, portanto, de onde vem essa educação para a hostilidade. Os exemplos de cima são muitos e variados, capazes de gerar e consolidar uma cultura de intransigência e ódio.
Em 2005, num evento com empresários, por exemplo, o político catarinense Jorge Bornhausen, do atual DEM, foi questionado sobre um suposto desencanto com a política. E respondeu da seguinte forma:
- Desencantado? Pelo contrário. Estou é encantado, porque estaremos livres dessa raça pelos próximos 30 anos.
Em 2006, numa entrevista ao SPTV, da Rede Globo, o então candidato tucano ao governo paulista foi interrogado pelos apresentadores sobre as causas do péssimo desempenho da educação no Estado mais rico do país.
Sem titubear, Serra colocou a culpa nos migrantes e ainda deturpou os dados sobre movimentação populacional interna, alegando que “muita gente continua chegando” a São Paulo.
Com a derrota nas urnas no dia 31 de Outubro, os guerreiros do atraso, influenciados pela TPF, pela Opus Dei, pela Tribuna Nacional, pelos monarquistas e pela ala reacionária e golpista do episcopado brasileiro, revelam-se decididos a manter a cruzada pela desestabilização do país.
Portanto, muito cuidado, especialmente se você ousou votar em Dilma, se está entre os 49% de gaúchos e 46% de paulistas “vermelhos”, se simpatiza com a esquerda, se tem princípios humanistas, se segue a lição do verdadeiro Cristo, se é nordestino, se é nortista, se é carioca, se é mineiro, se ainda vive de maneira humilde, se foi beneficiado pelo Prouni, se é oriental, se é afro-descendente, se é ameríndio, se sua família tem origem em outro país latino, se é contrário à entrega de Itaipu e Petrobrás aos amigos de FHC e também se ganhou uns quilinhos a mais...
Em cada esquina virtual, tem uma Auschwitz a sua espera. E o Hélio Bicudo continua calado.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Derrotados tentam iugoslavizar o Brasil pela Internet
Blog da Dilma
novembro 3rd, 2010 | Autor: Jussara Seixas
Mauro Carrara
Primeiramente, estes são os derrotados: o PSDB, o DEM, o PPS, as Organizações Globo, a Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, a Editora Abril, a TFP, a Opus Dei, os monarquistas, os falsos pastores evangélicos liderados por Piragine, a ala reacionária do episcopado católico e parcelas privilegiadas das classes médias urbanas do centro-sul do país.
Seguindo a velha cartilha golpista, essa confusa coligação quis ver na conduta dos setores progressistas uma ameaça à democracia. Seus líderes redigiram manifestos em defesa da unidade nacional, da liberdade de expressão e da tolerância. Meteram ali as assinaturas de celebridades e sub-celebridades da direita escancarada, da direita enrustida e de três ou quatro trânsfugas do esquerdismo.
Consumada a derrota eleitoral, porém, rasgaram logo suas cartas oportunistas e passaram a fomentar uma revolução separatista no Brasil. Toda a teatral civilidade da campanha foi prontamente substituída por racismo, preconceito e incitação à violência.
De forma articulada, a reação à vitória de Dilma Rousseff logo tomou as páginas das redes sociais na Internet. Centenas de jovens (e não jovens) que militaram nos batalhões do terror cibernético serrista passaram a propugnar um processo de secessão, mirando seus canhões especialmente contra o povo das regiões Nordeste e Norte.
Puseram-se a defender ferozmente uma guerra aos moldes daquela que destroçou a Iugoslávia nos anos 90. Naquela região, vale rememorar, o transe do ódio produziu como saldo uma economia destruída, enormes legiões de mutilados paranoicos e pelo menos 100 mil mortos.
Mayara Petruso, uma estudante de Direito paulista, filha da classe média alta, comandou o movimento de perseguição ao nordestinos. Na rede de relacionamentos Facebook, escreveu o seguinte:
- Afunda Brasil. Deem direito de voto pros nordestinos e afundem o pais de quem trabalhava pra sustentar os vagabundos que fazem filho para ganhar o bolsa 171.
Noutra postagem, fez apologia do crime e lamentou que a presidente eleita não tenha sido assassinada. Dilma é apelidada de “dragão” pelos grupos neofascistas da juventude serrista de São Paulo.
- Agora, passem fome, frio… É impressionante, quando precisamos de violência não a temos, pq ninguém pensou em matar o dragão?
Em outra mensagem, desta vez no Twitter, ela estimula seus pares de Internet a se juntarem numa cruzada de extermínio.
- Nordestino não é gente, faça um favor a SP, mate um nordestino afogado.
No dia seguinte às postagens, a jovem soube que a seção Pernambuco da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE) entraria na Justiça de São Paulo com representação criminal contra a onda de ataques da qual fora protagonista. Aí, pediu desculpas, desconversou…
Na verdade, fechar o foco legal sobre Mayara deve se constituir num equívoco do ponto de vista jurídico. Milhares de outros jovens participaram dessas atividades de inspiração nazista. No Twitter, um certo Maxi Franzoi, por exemplo, escreveu o seguinte:
- O dia em que as nordestinas serem as mais gatas eu viro gay. Pegar nordestina não rola. Elas nem banho tomam, não chegou o chuveiro lá ainda.
Na rede Orkut, pertencente ao Google, as mensagens bombaram na comunidade “Eu odeio o Nordeste”, cujo texto de apresentação é o seguinte:
- Essa comunidade é pra quem odeia o nordeste, uma região fudida que só tem vagabundo, corno, puta, e que não da nada pro Brasil alem de políticos corruptos e mais um montão de coisas.
Ainda no Orkut, a movimentada comunidade “Brasil”, com mais de 1,3 milhão de membros, converteu-se num centro de difusão de ódio suprematista e secessionista. Um certo Jefferson, por exemplo, abriu um tópico com os seguintes termos:
- Brasil do Norte comunista – Brasil do Sul democrata – Separatismo já.
O movimento certamente é articulado, pois toma corpo justamente em canais de Internet que difundiram massivamente calúnias contra Dilma Rousseff durante o processo eleitoral. Os avatares associados à campanha de Serra são os mesmos agora dedicados a exigir ações de segregação e extermínio.
Essas manifestações não cessaram mesmo depois que os jornais divulgaram os mapas da votação por regiões, segundo os quais a candidata do PT teria sido eleita mesmo sem os votos das regiões Norte e Nordeste.
Serra foi derrotado em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. No Rio Grande do Sul registrou-se vantagem mínima para o tucano (50% a 49%). Mesmo em São Paulo, considerado seu principal reduto, o representante do PSDB viu sua rival receber 46% dos votos. Fechando-se mais o foco, percebe-se massivo apoio à candidatura situacionista nos bairros da periferia paulistana.
Globo como origem da distorção
Boa parte desse delírio agressivo foi estimulado pela ficção cromática criada pela Rede Globo de Televisão, que insistiu em pintar totalmente de “azul” os Estados com maioria de votos para Serra, e em “vermelho” aqueles com vantagem para Dilma. Essa representação grosseira criou uma ideia de unanimidade do centro-sul em torno da candidatura do PSDB.
Na verdade, Estados como Rio Grande do Sul e Espírito Santo podiam ter sido pintados de “roxo”, considerada a diferença mínima entre os dois candidatos. O próprio Estado de São Paulo, da furiosa Mayara, poderia ter 46% de seu território tingido de vermelho.
A distorção Global, copiada pelos jornalões paulistas, imita o modelo de representação gráfica televisiva dos resultados de eleições presidenciais norte-americanas, em que o vencedor do Estado leva todos os votos dos delegados. Uma regra eleitoral sem qualquer conexão com a realidade brasileira.
No território das redes sociais, há que se responsabilizar também o Google (Orkut), o Facebook e o Twitter, sempre cegos a esse tipo de propaganda racista ou de incitação ao ódio. Convém lembrar que a comunidade orkutiana dos inimigos do Nordeste funciona livremente desde Fevereiro.
Do ponto de vista da inspiração, o movimento tem origem nos grupos de fanáticos que tomaram a direção da campanha serrista, especialmente no sul do país e em São Paulo. Esses sabotadores virtuais procuram repetir a fórmula das “revoluções coloridas”, financiadas há uma década pelo National Endowment for Democracy (NED), dos Estados Unidos. A entidade tem como missão oferecer suporte integral a operações de desestabilização em países governados pela esquerda.
As agressões pós-eleitorais deste 2010 deixarão feridas indeléveis na alma país. Por anos e anos, gerarão acusações, atritos e ressentimentos entre irmãos brasileiros. Na cena deste delito abominável, os futuros historiadores certamente encontrarão as digitais de José Serra e de seu bando de maus perdedores.
OAB reage a ataque ao Nordeste no Twitter
Blog da Dilma
novembro 3rd, 2010 | Autor: Jussara Seixas
O Globo
OAB reage a ataque ao Nordeste no TwitterUniversitária de SP que iniciou ofensas deverá responder por crime de racismo
Alessandra Duarte
A seção Pernambuco da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE) entra hoje, na Justiça de São Paulo, com representação criminal contra a onda de ataques aos nordestinos divulgada por meio do Twitter após a eleição de Dilma Rousseff.
No domingo à noite, usuários da rede de microblogs começaram a postar mensagens ofensivas ao Nordeste, relacionando o resultado à boa votação de Dilma na região.
A representação da OAB-PE é contra a estudante de Direito Mayara Petruso, de São Paulo, uma das que teriam iniciado os ataques.
Segundo o presidente da OAB-PE, Henrique Mariano, Mayara deverá responder por crime de racismo (pena de dois a cinco anos de prisão, mais multa) e incitação pública de prática de crime (cuja pena é detenção de três a seis meses, ou multa), no caso, homicídio.
Entre as mensagens postadas pela universitária, há frases como: “Nordestino não é gente. Faça um favor a SP, mate um nordestino afogado!”.
- São mensagens absolutamente preconceituosas. Além disso, é inadmissível que uma estudante de Direito tenha atitudes contrárias à função social da sua profissão. Como alguém com esse comportamento vai se tornar um profissional que precisa defender a Justiça e os direitos humanos? — diz Mariano.
Em julho deste ano, a seção pernambucana da Ordem já havia prestado queixa à Polícia Federal contra pelo menos dez usuários do Twitter, por mensagens ofensivas aos nordestinos após as enchentes na região.
- Essas redes sociais são meios de comunicação de alcance nacional, e crimes que ocorram nelas são de ordem federal. São ofensas que atingem a todos os nordestinos, existe um direito difuso aí sendo desrespeitado — completa Mariano, para quem o nível agressivo da campanha pela internet este ano, apesar de não justificar os ataques, pode tê-los estimulado.
No domingo, usuários do Twitter insatisfeitos com a vitória de Dilma começaram a postar frases como “Tinham que separar o Nordeste e os bolsas vadio do Brasil” e “Construindo câmara de gás no Nordeste matando geral”.
Como reação, outros usuários passaram a gerar uma onda de mensagens com “#orgulhodesernordestino”, hashtag que ficou entre os primeiros lugares no ranking mundial de temas mais citados no Twitter.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Consulta Pública sobre Orientações Curriculares Nacionais da Educação Infantil
MEC:
Debata com nossos consultores as Orientações Curriculares da Educação Infantil.
As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil, aprovadas em 17 de dezembro de 2009 determinam que cabe ao Ministério da Educação elaborar orientações para a implementação dessas diretrizes.
Visando atender essa determinação, a Secretaria de Educação Básica, por meio da Coordenação Geral de Educação Infantil, está elaborando orientações curriculares num processo de debate democrático e com consultoria técnica especializada sobre diferentes eixos e experiências da educação infantil.
O objetivo principal é contribuir com o trabalho do professor.
No período de 13 de setembro a 30 de outubro você pode enviar suas sugestões, críticas e propostas.
Os documentos preliminares estão à disposição de gestores, conselheiros, técnicos, professores, pesquisadores e da comunidade para consulta e colaboração.
Envie sua mensagem diretamente ao autor e com cópia para consultapublicacoedi@mec.gov.br
Leia abaixo os textos
O currículo na Educação Infantil: o que propõem as novas Diretrizes Nacionais?
Zilma de Moraes Ramos de Oliveira
As especificidades da ação pedagógica com os bebês.
Maria Carmen Silveira Barbosa
Brinquedos e brincadeiras na Educação Infantil
Tizuko Morchida Kishimoto
Relações entre crianças e adultos na Educação Infantil
Iza Rodrigues da Luz
Saúde e bem estar das crianças: uma meta para educadores infantis em parceria com familiares e profissionais de saúde.
Damaris Gomes Maranhão
Múltiplas linguagens de meninos e meninas no cotidiano da Educação Infantil
Márcia Gobbi
A linguagem escrita e o direito à educação na primeira infância
Mônica Correia Baptista
As crianças e o conhecimento matemático: experiências de exploração e ampliação de conceitos e relações matemáticas
Priscila Monteiro
Crianças da natureza
Léa Tiriba
Orientações curriculares para a Educação Infantil no Campo
Ana Paula Soares da Silva
Avaliações e transições na Educação Infantil
Hilda Micarello
No site do MEC: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=15860&Itemid=1096
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
4,4 milhões de crianças de 0 a 3 anos ficam sem creche no País
Um levantamento da Fundação Abrinq baseado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2008 mostra que 4,4 milhões de crianças com idades de 0 a 3 anos não são atendidas pelas creches. O País tem 11 milhões de brasileiros nesta faixa etária e metade, 5,5 milhões, necessita de creches, mas as matrículas atingem apenas 1,1 milhão, deixando 80% de fora.
Para se ter uma idéia da gravidade do problema, a meta do Plano Nacional de Educação (PNE) é de que, até 2011, 50% das crianças de famílias que demandam sejam atendidas nas creches. Mas, o estudo aponta que atualmente, apenas 20% são atendidas. Segundo a Abrinq, as outras 5,5 milhões de crianças que não precisam de creches ficam em casa com pais, parentes ou babás.
A discussão do ensino infantil no País ganhou maior projeção no fim de 2009, quando o Senado aprovou a Proposta de Emenda à Constituição que torna obrigatório o ensino para crianças e jovens de 4 a 17 anos. Antes, a obrigatoriedade abrangia a faixa etária de 6 a 14 anos. Apesar das mudanças, a creche ficou de fora da exigência da lei.“A ampliação da faixa etária não incluiu a creche. A lei excluiu uma população que necessita desse equipamento”, afirma Denise Cesário, coordenadora de Programas e Projetos da Fundação Abrinq.
O levantamento da Abrinq baseado na Pnad mostra ainda que, em relação a 2008, houve um aumento no número de crianças atendidas muito pequeno em relação ao ano anterior - 81,9% das crianças nessa faixa etária não frequentavam creches. Em 2008, a situação mais crítica ocorria na Região Norte, onde a taxa de frequência nas creches é de apenas 8,4%. A Região Sul apresentava a maior taxa: 24,6%. E o Sudeste, 22%. Os dados por região referentes a 2009 ainda não foram concluídos.
Na próxima sexta-feira (17), a Fundação Abrinq – Save the Children e o Instituto C&A irão realizar o Seminário Nacional Creche para Todas as Crianças, que debaterá soluções para o problema. O evento será das 9h às 17h, no Hotel Meliá Jardim Europa (Rua João Cachoeira, 107 – Itaim Bibi).
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/>.
Visite também: http://projetoexperienciaspedagogicas.blogspot.com/2010/09/44-milhoes-de-criancas-de-0-3-anos.html
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Projeto: Energia Elétrica
- Área temática principal: Energia Elétrica
- Área temática complementar: Educação Ambiental
Publico Alvo: Comunidade escolar (docentes, discentes, funcionários da Unidade Escolar - U. E.-, alunos e familiares).
Responsáveis pelo Projeto: Aida, Eunice, Francinéia, Janaína Sedenho, Lídia, Salete, Taiane e Vanda.
Identificação da Escola:
Centro de Educação Infantil (CEI) Jardim Guairacá
Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP) – DRE Ipiranga
Diretor: Sérgio Ricardo Antiqueira
Coordenadora Pedagógica: Magali Elza Contipelli
Corpo docente: 25 professores
Funcionários: 21 diretos e 6 terceirizados
Alunos: 101 crianças de 0 a 3 anos
Apresentação do projeto:
“Energia: Se ligue nessa idéia”
O projeto será desenvolvido com professoras, funcionários, alunos e seus familiares.
Em reunião específica durante o horário de Projeto Especial de Ação (PEA) a equipe responsável elaborou o roteiro e planejou o projeto, nessas mesmas reuniões planejará o seu desenvolvimento e execução.
A proposta do projeto envolve atividades e ações que levem a reflexão sobre o consumo consciente de energia elétrica, propondo mudanças de hábito de todos os envolvidos, de modo que essas mudanças levem à redução do consumo e a importância em mantê-lo reduzido, assim como, à capacitação de multiplicadores para a economia de energia não só na escola, mas também em suas casas, lembrando que não basta só apagar a luz, mas desenvolver ações mais amplas.
Objetivo
Despertar a consciência em todos os envolvidos da necessidade de economizarmos energia no planeta;
Levar a reflexão de que a energia move o mundo sob vários pontos de vista e que o princípio de conservação da energia, a redução do consumo e dos impactos ambientais são de fundamental importância tanto para a sociedade quanto para a comunidade escolar;
Estimular os envolvidos a pensar de onde vem a energia que alimenta lâmpadas, faz chuveiro esquentar etc.
Falar de energia vinculando o tema a outras questões ambientais.
Trabalhar o tema não somente relacionando-o a ações do cotidiano, mas falar de energia em termos nacionais e globais.
Combater o desperdício de energia elétrica na escola, e posteriormente nas residências dos envolvidos.
Plano de Ação e Metodologia
É importante estudar o tema, não abordando superficialmente, mas informando, esclarecendo, pesquisando, de maneira que as ações saiam do simplesmente “apague a luz para não gastar energia”.
Sendo assim, o primeiro passo é fazer um levantamento do consumo de energia cortando os gastos do CEI, que será feito pela equipe responsável pelo projeto, com o objetivo de ao final com as mudanças promovidas por ele, compará-lo a uma segunda pesquisa, avaliando o resultado alçando.
O próximo passo é o desenvolvimento de ações pedagógicas de informação e conscientização, que levem ao consumo inteligente e sustentável da energia elétrica, sendo este trabalho ponto de partida para o que será desenvolvido posteriormente com alunos e seus familiares.
Para mobilizar a comunidade escolar e promover discussão e reflexão sobre o tema seguiremos as seguintes etapas:
1. Informação/sensibilização: Vídeo (desenho animado) “Kika: De Onde Vem a Energia Elétrica?”.
2. Explicações lúdicas, com cartaz ou maquete, discutindo de onde vem a energia, e que impactos ambientais seu mal uso pode causar.
3. Com o vídeo e pesquisas sobre o que já está sendo trabalhado em sala com as professoras, levar o projeto aos alunos do CEI.
4. Fixar pela escola cartazes/lembretes informativos, com mensagens sobre o consumo consciente de energia elétrica.
5. Teste: “Fique Ligado”. Todos os envolvidos receberão uma pesquisa para testar seus hábitos pessoais de consumo de energia elétrica. A equipe responsável fará a coleta e levantamento destes dados registrando-os num gráfico que apresentará o perfil dos envolvidos.
6. Apresentação para todos os funcionários do CEI os dados coletados pela equipe que trazem: gráfico do consumo nos últimos meses e compará-los aos meses de 2009, aparelhos e iluminação do CEI e como estão sendo usados.
7. Lançar ao grupo participante a problematização: a partir das pesquisas apresentadas, como mudar os hábitos de todos, de modo que o consumo de energia elétrica chegue a média ideal esperada segundo o índice da Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP), chegando a esse ponto, como mantê-lo ou reduzi-lo ainda mais. Fazer coleta, registro e apresentação das sugestões.
8. Apresentação sobre recursos alternativos: tecnologias alternativas (biomassa, biodiesel e energia eólica) gás natural, derivados de petróleo. Palestra e discussão.
9. Falar de energia vinculando o tema a outras questões ambientais. Palestra e discussão.
10. Propor uma visita a hidrelétrica ou empresas com trabalhos ligados ao tema, de modo que essa visita feche o projeto, abordando tudo aquilo que foi estudado, contribuindo para a mobilização e para verdadeiras mudanças.
Avaliação
Por final a equipe fará outro levantamento de dados do consumo de energia elétrica do CEI e irá fazer a comparação destes com os primeiros levantados antes do início do projeto, faremos o mesmo com o teste “Fique Ligado”.
Em uma reunião com todos os envolvidos será apresentadas a avaliação e as mudanças, ou não, do perfil de consumo, assim como dos hábitos e uso da energia dentro do CEI.
Como reflexão discutiremos a importância do tema abordado, os resultados alcançados, como continuar o trabalho com os alunos e como levá-lo a seus familiares. Buscaremos também a fala do grupo expondo se houve mudanças nos seus hábitos dentro do CEI e em suas residências.