Às companheiras do CEI,

Estamos inaugurando esse blog para facilitar a busca por textos, divulgação dos projetos e socialização das nossas experiências, especialmente para nós mesmos da equipe do CEI, como para outros interessados. Em breve adicionarei ná página mecanismos de organização dos conteúdos. Por enquanto, estou publicando os textos com "tags" (palavras-chave) do tipo PEAS 2010, Relações Étnico-Raciais, Educação Ambiental que podem ser clicadas ao final da postagem para selecionar os textos do mesmo assunto. Qualquer um do CEI que aceitar o convite para participar do blog poderá postar notícias e textos.

Abraços,

Sérgio

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

4,4 milhões de crianças de 0 a 3 anos ficam sem creche no País

80% dos bebês que precisam de creches não são atendidos. Meta do País é atender 50% da demanda até 2011

Um levantamento da Fundação Abrinq baseado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2008 mostra que 4,4 milhões de crianças com idades de 0 a 3 anos não são atendidas pelas creches. O País tem 11 milhões de brasileiros nesta faixa etária e metade, 5,5 milhões, necessita de creches, mas as matrículas atingem apenas 1,1 milhão, deixando 80% de fora.

Para se ter uma idéia da gravidade do problema, a meta do Plano Nacional de Educação (PNE) é de que, até 2011, 50% das crianças de famílias que demandam sejam atendidas nas creches. Mas, o estudo aponta que atualmente, apenas 20% são atendidas. Segundo a Abrinq, as outras 5,5 milhões de crianças que não precisam de creches ficam em casa com pais, parentes ou babás.

A discussão do ensino infantil no País ganhou maior projeção no fim de 2009, quando o Senado aprovou a Proposta de Emenda à Constituição que torna obrigatório o ensino para crianças e jovens de 4 a 17 anos. Antes, a obrigatoriedade abrangia a faixa etária de 6 a 14 anos. Apesar das mudanças, a creche ficou de fora da exigência da lei.“A ampliação da faixa etária não incluiu a creche. A lei excluiu uma população que necessita desse equipamento”, afirma Denise Cesário, coordenadora de Programas e Projetos da Fundação Abrinq.

O levantamento da Abrinq baseado na Pnad mostra ainda que, em relação a 2008, houve um aumento no número de crianças atendidas muito pequeno em relação ao ano anterior - 81,9% das crianças nessa faixa etária não frequentavam creches. Em 2008, a situação mais crítica ocorria na Região Norte, onde a taxa de frequência nas creches é de apenas 8,4%. A Região Sul apresentava a maior taxa: 24,6%. E o Sudeste, 22%. Os dados por região referentes a 2009 ainda não foram concluídos.

Na próxima sexta-feira (17), a Fundação Abrinq – Save the Children e o Instituto C&A irão realizar o Seminário Nacional Creche para Todas as Crianças, que debaterá soluções para o problema. O evento será das 9h às 17h, no Hotel Meliá Jardim Europa (Rua João Cachoeira, 107 – Itaim Bibi).


Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/>.

Visite também: http://projetoexperienciaspedagogicas.blogspot.com/2010/09/44-milhoes-de-criancas-de-0-3-anos.html

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Projeto: Energia Elétrica

“Energia: Se ligue nessa idéia”

- Área temática principal: Energia Elétrica
- Área temática complementar: Educação Ambiental

Publico Alvo: Comunidade escolar (docentes, discentes, funcionários da Unidade Escolar - U. E.-, alunos e familiares).

Responsáveis pelo Projeto: Aida, Eunice, Francinéia, Janaína Sedenho, Lídia, Salete, Taiane e Vanda.

Identificação da Escola:
Centro de Educação Infantil (CEI) Jardim Guairacá
Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP) – DRE Ipiranga
Diretor: Sérgio Ricardo Antiqueira
Coordenadora Pedagógica: Magali Elza Contipelli
Corpo docente: 25 professores
Funcionários: 21 diretos e 6 terceirizados
Alunos: 101 crianças de 0 a 3 anos

Apresentação do projeto:
“Energia: Se ligue nessa idéia”
O projeto será desenvolvido com professoras, funcionários, alunos e seus familiares.
Em reunião específica durante o horário de Projeto Especial de Ação (PEA) a equipe responsável elaborou o roteiro e planejou o projeto, nessas mesmas reuniões planejará o seu desenvolvimento e execução.
A proposta do projeto envolve atividades e ações que levem a reflexão sobre o consumo consciente de energia elétrica, propondo mudanças de hábito de todos os envolvidos, de modo que essas mudanças levem à redução do consumo e a importância em mantê-lo reduzido, assim como, à capacitação de multiplicadores para a economia de energia não só na escola, mas também em suas casas, lembrando que não basta só apagar a luz, mas desenvolver ações mais amplas.

Objetivo
Despertar a consciência em todos os envolvidos da necessidade de economizarmos energia no planeta;
Levar a reflexão de que a energia move o mundo sob vários pontos de vista e que o princípio de conservação da energia, a redução do consumo e dos impactos ambientais são de fundamental importância tanto para a sociedade quanto para a comunidade escolar;
Estimular os envolvidos a pensar de onde vem a energia que alimenta lâmpadas, faz chuveiro esquentar etc.
Falar de energia vinculando o tema a outras questões ambientais.
Trabalhar o tema não somente relacionando-o a ações do cotidiano, mas falar de energia em termos nacionais e globais.
Combater o desperdício de energia elétrica na escola, e posteriormente nas residências dos envolvidos.

Plano de Ação e Metodologia
É importante estudar o tema, não abordando superficialmente, mas informando, esclarecendo, pesquisando, de maneira que as ações saiam do simplesmente “apague a luz para não gastar energia”.
Sendo assim, o primeiro passo é fazer um levantamento do consumo de energia cortando os gastos do CEI, que será feito pela equipe responsável pelo projeto, com o objetivo de ao final com as mudanças promovidas por ele, compará-lo a uma segunda pesquisa, avaliando o resultado alçando.
O próximo passo é o desenvolvimento de ações pedagógicas de informação e conscientização, que levem ao consumo inteligente e sustentável da energia elétrica, sendo este trabalho ponto de partida para o que será desenvolvido posteriormente com alunos e seus familiares.
Para mobilizar a comunidade escolar e promover discussão e reflexão sobre o tema seguiremos as seguintes etapas:
1. Informação/sensibilização: Vídeo (desenho animado) “Kika: De Onde Vem a Energia Elétrica?”.
2. Explicações lúdicas, com cartaz ou maquete, discutindo de onde vem a energia, e que impactos ambientais seu mal uso pode causar.
3. Com o vídeo e pesquisas sobre o que já está sendo trabalhado em sala com as professoras, levar o projeto aos alunos do CEI.
4. Fixar pela escola cartazes/lembretes informativos, com mensagens sobre o consumo consciente de energia elétrica.
5. Teste: “Fique Ligado”. Todos os envolvidos receberão uma pesquisa para testar seus hábitos pessoais de consumo de energia elétrica. A equipe responsável fará a coleta e levantamento destes dados registrando-os num gráfico que apresentará o perfil dos envolvidos.
6. Apresentação para todos os funcionários do CEI os dados coletados pela equipe que trazem: gráfico do consumo nos últimos meses e compará-los aos meses de 2009, aparelhos e iluminação do CEI e como estão sendo usados.
7. Lançar ao grupo participante a problematização: a partir das pesquisas apresentadas, como mudar os hábitos de todos, de modo que o consumo de energia elétrica chegue a média ideal esperada segundo o índice da Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP), chegando a esse ponto, como mantê-lo ou reduzi-lo ainda mais. Fazer coleta, registro e apresentação das sugestões.
8. Apresentação sobre recursos alternativos: tecnologias alternativas (biomassa, biodiesel e energia eólica) gás natural, derivados de petróleo. Palestra e discussão.
9. Falar de energia vinculando o tema a outras questões ambientais. Palestra e discussão.
10. Propor uma visita a hidrelétrica ou empresas com trabalhos ligados ao tema, de modo que essa visita feche o projeto, abordando tudo aquilo que foi estudado, contribuindo para a mobilização e para verdadeiras mudanças.

Avaliação
Por final a equipe fará outro levantamento de dados do consumo de energia elétrica do CEI e irá fazer a comparação destes com os primeiros levantados antes do início do projeto, faremos o mesmo com o teste “Fique Ligado”.
Em uma reunião com todos os envolvidos será apresentadas a avaliação e as mudanças, ou não, do perfil de consumo, assim como dos hábitos e uso da energia dentro do CEI.
Como reflexão discutiremos a importância do tema abordado, os resultados alcançados, como continuar o trabalho com os alunos e como levá-lo a seus familiares. Buscaremos também a fala do grupo expondo se houve mudanças nos seus hábitos dentro do CEI e em suas residências.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Transformação de PEIs: veja como será

Em 2007, eu ainda estava na direção do SINDSEP e me sentava à mesa de negociação da reestruturação da Carreira e Estatuto do Magistério. O Secretário Alexandre Schneider havia prometido, no início das conversações cumprir, com uma das principais reivindicações que eu e a companheira Gladys Alfredo, também dirigente, defendíamos, integração dos cargos e jornadas de PDIs dos CEIs e Professoras de Educação Infantil das EMEIs. No entanto, ao longo das negociãções, o Secretário mudou de opinião sem deixar claro que “forças ocultas” mudaram o entendimento da Secretaria que na última rodada apareceu com as docentes de CEI novamente isoladas na carreira. Tamanha foi nossa insistência que o Secretário surgiu com a proposta que mais foi um remendo de permitir que Professoras de CEI fizessem a opção uma única vez para migrar para EMEIs e EMEFs, mantendo a segmentação (por que não dizer segreção) entre as carreiras. Leiam as regras abaixo e tirem suas conclusões. (o decreto e a portaria podem ser lidos aqui) 

REGRAS PARA OPÇÃO PELA TRANSFORMAÇÃO DE
PEI (
PROFESSORA DE EDUCAÇÃO INFANTIL)
EM PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL I
PARA ATUAÇÃO EM EMEIs E EMEFs

Do que se tratam essas regras?
De quais professoras de CEI e como poderão as mesmas optarem pela transformação de cargo em professora para atuação em EMEIs e EMEFs.
A opção só poderá ser feita uma única vez, e não haverá possibilidade de desistência.

Quem poderá optar?
Quem era Professor de Desenvolvimento Infantil (PDI) e transformou em Professor de Educação Infantil (PEI) pela Lei nº 14.660 até 01/01/2008.
Será preciso habilitação profissional exigida para o provimento do cargo de Professor de Educação Infantil e Ensino Fundamental I. Não será aceito o diploma do Programa Especial de Formação Inicial em Serviço na Modalidade Normal em Nível Médio, oferecido aos titulares de cargos de Auxiliar de Desenvolvimento Infantil pela Prefeitura do Município de São Paulo (ADI Magistério).
Quem foi transformado em PEI por cumprimento provisório de decisão judicial, pode fazer a opção em caráter provisório até a decisão final a ser proferida na respectiva ação judicial.

O que será preciso para fazer a opção?
Formalizar a opção no período de 13/09 a 17/09/2010, na unidade de lotação/exercício, via sistema Escola On Line (EOL). PEIs lotados na CONAE 2 deverão formalizar opção junto ao órgão. Ter apresentado habilitação profissional exigida para o provimento do cargo de Professor de Educação Infantil e Ensino Fundamental I

Todos que optarem conseguirão transformar o cargo?
Não, apenas 332 (trezentos e trinta e dois) cargos de Professor de Educação Infantil e Ensino Fundamental I estarão disponíveis para opção, contemplando os melhores classificados. Os demais terão a opção desconsiderada.

Como será feita a classificação?
O
s professores serão pontuados pela apresentação de títulos e pela contagem do tempo de efetivo exercício no cargo de PDI e PEI, considerado até 31/12/2009 e serão classificados da maior pontuação para a menor. Os títulos e tempos serão pontuados conforme a tabela do Anexo Único (veja no final).
Para desempate, será considerado:
1. quem encontrar-se no desempenho das atribuições próprias do cargo;
2. obtiver maior pontuação em títulos;
3. contar com mais tempo de efetivo exercício no cargo;
4. contar com mais tempo de efetivo exercício na carreira do Magistério Municipal;
5. tiver mais idade.

Como será divulgada a classificação?
Será publicada no Diário Oficial e caberá pedido de revisão da pontuação no prazo de 3 (três) dias corridos, contados da publicação.

Como serão as jornadas e os padrões salariais dos que transformarem o cargo?
Pelo Decreto, ficam submetidos à Jornada Básica do Docente (JBD), mas manterão a mesma referência e grau (QPE e letra) de antes. Isso implicará em redução de salário, já que a JBD paga menos que a J30 da PEI. Para manter os padrões atuais os docentes poderão ingressar nas Jornadas Especiais de Trabalho e delas se desligar, na forma e condições previstas na Lei. Isso acontecerá a partir de 2 de fevereiro de 2011, quando os optantes deverão iniciar exercício no cargo de Professor de Educação Infantil e Ensino Fundamental I na unidade de lotação escolhida.

Quais unidades de lotação poderão escolher?
As vagas oferecidas serão as remanescentes do Concurso de Remoção de 2010 e da escolha definitiva dos nomeados em 2010, conforme cronograma a ser publicado. Quem não comparecer ou se recusar será atribuído à vaga e unidade de lotação.

O que acontecerá com quem se encontra afastado?
Serão cessados, a partir da data da transformação do respectivo cargo, os efeitos do afastamento.

Como ficam as vagas deixadas pelos transformados?
Reverterão para a Classe de Professor de Educação Infantil, em igual quantidade de cargos transformados de forma a ser mantido o número dos cargos existentes naquela classe. Ou seja, ficam vagas a serem preenchidas por concurso.

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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O PAPEL DA ESCOLA NA PROTEÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RISCO

A escola e o lar é o local em que as crianças e os adolescentes passam a maior parte do seu tempo, naturalmente deve ser onde eles tenham maior proteção, mas muitas vezes não é isso que acontece. Trabalhando com crianças e adolescentes, observamos que muitos dos nossos alunos sofrem ou já sofreram algum tipo de violência, o que em geral acontece por desconhecimento quanto aos direitos, deveres e necessidades da criança e/ou adolescente. Por isto entendemos que devemos aproximar a família da escola orientando-a sobre a importância do respeito aos direitos das crianças e/ou adolescentes e suas necessidades, e dos deveres e responsabilidade dos pais na criação de seus filhos, a fim de que eles se tornem adultos maduros e responsáveis, consciente de seus direitos e deveres capazes de exercer sua cidadania em sua plenitude.
A escola e a família já se relacionam rotineiramente por causa do processo de aprendizagem dos jovens, portanto a escola é um local privilegiado de trabalho com as famílias. O próprio desenvolvimento do processo de aprendizagem do aluno muitas vezes é reflexo de situações familiares complexas e difíceis que o aluno vive, sendo este um dos pontos em que podemos interferir e obter bons resultados com a aplicação deste projeto.
Os profissionais de educação e principalmente os professores também devem ser informados e sensibilizados quanto as mais variadas formas de violências e desrespeitos dos direitos das crianças e dos adolescentes, afim de que eles sejam promotores de laços de proteção, disseminadores e atores de boas condutas.
É necessário:
Estreitar o vínculo entre as instituições Escola - Família, partes muito importantes da uma rede de proteção contra a violência com os nossos alunos, considerando-se a Escola como formadora de opinião, geradora de conhecimento e conscientizadora dos elementos da Família, de seus alunos e seus professores;
Instruir e sensibilizar professores e profissionais de educação a fim de que eles tenham subsídios para identificar casos de violência contra as crianças e adolescentes da escola;
Disseminar a prática da formação de rede de proteção aos profissionais de educação e aos pais de nossos alunos, estimulando-os a dela participarem;
Oferecer orientações aos pais sobre a importância do respeito dos direitos da criança e deveres, responsabilidades e direitos dos pais na criação de seus filhos;
Estreitar laços existentes entre escola e pais promovendo uma proteção mais efetiva de nossos alunos criando um espaço de troca e aprendizado sobre o processo de educação da criança e do adolescente.
Com a realização de capacitação, conscientização e sensibilização pretende-se transformar o modo de agir e pensar de todos os profissionais de educação de nossas escolas: a fim de que eles possam ser multiplicadores de informações recebidas sobre causas, conseqüências, incidências e fatores de risco, cidadania, questões de gênero, sexualidade, consciência de limites e deveres, preconceitos entre outros, e para que possam responder adequadamente diante de confidências e denúncias, sabendo identificar, notificar, encaminhar e acompanhar crianças e adolescentes em situações de violência e risco pessoal e otimizar a utilização dos serviços e recursos da comunidade pela população por meio da aproximação entre ambos.
Com a realização de sensibilização pretende-se transformar também o modo de agir e pensar dos elementos das famílias de alunos que se tiver detectado estar sofrendo violência doméstica para que esta não mais aconteça.
Em uma reunião pedagógica, com a presença de todos os segmentos de educadores das unidades, pode-se realizar a conscientização e sensibilização sobre a importância que a escola exerce na formação e na composição da rede de proteção contra a violência dos alunos, e que ela não é apenas promotora desta ação, ela pode também identificar se as outras instituições responsáveis pelos direitos das crianças e adolescentes estão cumprindo com seus deveres.
Em uma reunião de pais, pode-se dar uma palestra sobre o papel da família e da escola na formação de rede de proteção na infância e na adolescência, sobre os direitos e necessidades essenciais destes jovens e sobre as responsabilidades e deveres dos que possuem a sua guarda.
Durante a realização desta capacitação, conscientização e sensibilização, pode-se identificar os casos de risco e / ou incidência de violência contra a criança ou adolescente e avaliar para cada caso e verificar possíveis interferências.
O trabalho com os responsáveis pelas crianças ou adolescentes que estejam sofrendo violência se prolongará por todo o ano letivo, ou até que se tenha transformado o modo de agir/pensar destas famílias envolvidas.

Autoras: SANTOS, Taiane Marques e GROSCHITZ, Irene. O papel da escola na proteção de crianças e adolescentes em situação de risco, 2008.
Disponível em: Disponível em: http://projetoexperienciaspedagogicas.blogspot.com.

Reflexões sobre a utilização da tecnologia na escola: Uma interface com a dança

Samantha Schleumer
Nosso trabalho cotidiano tornou-se ainda mais instigante, interessante e comunicativo com a utilização da tecnologia. As tecnologias possuem recursos diferenciados para o ato de registrar, e significar a prática educativa. Através de uma câmera, de uma máquina fotográfica ou de um power point damos concretude a uma idéia, contamos sobre nossos sonhos, desejos e concepções, divulgamos nossos fazeres e saberes, nos comunicamos com o outro, com a comunidade, com o mundo, falamos da produção das culturas infantis na escola. É mais uma linguagem que podemos utilizar para expressar e comunicar.
Abrimos, assim, espaços para sugestões, análises e principalmente para a formação. O professor quando vê seu trabalho editado, apropria-se e orgulha-se de seu fazer e de sua produção e têm a possibilidade de se auto-avaliar. No trabalho com a Dança, optamos pelo o recurso da filmagem e fotografia, acreditando que o movimento do corpo considerado algo tão subjetivo, seria passível de análise, reflexão e aprimoramento. Também utilizamos DVDs e vídeos de companhias de dança, com objetivo de entrarmos em contato com esta produção artística, ampliando nosso repertório.
Fotografamos e filmamos as crianças dançando e este registro nos possibilitou:
- estabelecer uma relação entre a teoria e a prática (estudar a dança e ver a dança acontecendo);
- analisar as propostas e planejamento de dança junto às crianças. O que mais gostaram? O que mais chamou a atenção?Quais elementos da dança precisam ser aprimorados? Como foi a composição estética do movimento? Com estava o corpo do professor?
- Divulgar o trabalho desenvolvido com a dança em reuniões de pais;
- Divulgar o trabalho desenvolvido coma dança em espaços de formação de professores, coordenadores pedagógicos e diretores;
- Analisar o repertório de movimento das crianças. O que sabem, o que trazem, o que é dançar para elas?
- Dar continuidade a construção da identidade da escola e de seu Projeto Político Pedagógico;
- Emocionar-se, sentir-se parte, valorizar a ação docente, construir vínculos, criar e desconstruir estereotipias;
Fala de algumas crianças
- Eu gostei de dançar e minha dança é legal!
- Gostei de passar embaixo da perna do meu amigo! (tensões espaciais)
- Fiquei que nem malabarista na cadeira! (explorando objetos na dança)
- Meu amigo não prestou atenção no fio que eu puchei! ( dançando com as articulações)
- Gostei de fazer assim! (mostrando as pernas para cima) ( acordando o corpo)
- A gente dançou bonito...que nem na televisão que eu vi!
- Vamos de novo no ninólio! (linólio - piso especial para dançar!)
- Quem corre e empurra atrapalha a gente e fica feio de ver! (exploração do espaço do linólio e a importância da concentração)
- Minha mãe vai ver eu dançando...( sabiam que mostraríamos aos pais em reunião)
- A gente fez estátuas engraçadas...(se referindo a esculturas como corpo) Eles batiam palmas ao se verem no vídeo, vibrando com suas danças. Achavam engraçado e não piscavam ...).
A tecnologia nos fortaleceu, ampliou redes de comunicação e experiências, potencializou a construção de nossas identidades, diminuiu distâncias objetivas e subjetivas e revalorizou nosso trabalho.

Viste também: http://projetoexperienciaspedagogicas.blogspot.com

CONSCIENTIZAÇÃO DA RECICLAGEM DO ÓLEO USADO

Taiane Marques dos Santos

Muitas residências, comércios e indústrias descartam o óleo usado no ralo da pia, no solo ou junto com os resíduos úmidos, soluções que não são adequadas para a manutenção do equilíbrio dos rios, aqüíferos, solo, ar, plantas e todos os seres vivos em geral. A destinação incorreta deste resíduo causa inúmeros problemas ambientais ao passo que a sua reciclagem gera principalmente economia de matéria-prima virgem, empregos e renda. Dar o destino correto ao óleo usado não deve ser um algo feito por poucos, mas sim o dever de todos que o utilizam.

É necessário:

Realizar a coleta permanente de óleo usado, assim como é realizada a coleta dos demais resíduos, da comunidade;

Informar e esclarecer a necessidade da destinação correta do óleo usado;

Encaminhar todo o óleo usado coletado para reciclagem;

Instalar coletores permanentes e adequados de óleo usado em locais estratégicos identificando-os de sua função;

Realizar palestras e distribuir banners, afim de informar e esclarecer sobre a necessidade da destinação correta do óleo usado;

Através de mídias convidar a população a coletar e entregar o óleo usado de sua residência em locais de coleta, como supermercados e shoppings.

Hoje todos nós sabemos que os recursos naturais são esgotáveis e ao passo que a população humana aumenta os recursos naturais esgotam. A qualidade do meio ambiente, onde há interferência humana, torna-se cada vez mais degradado e inóspito aos ciclos de vida.

E é por isso que, a cada dia mais se faz necessário o consumo consciente e sustentável, com gestos simples no dia-a-dia podemos minimizar este impacto. Cada um fazendo a sua parte e tendo a consciência dos danos causados pelas suas atividades.

Quando se pensa em reciclagem e produtos causadores de poluição dificilmente as pessoas indicarão o óleo usado, por isso há a necessidade de mais campanhas que tenham com objetivo esta associação. A escola é um local adequado para a realização de mobilizações neste sentido, pois conta com uma extensa comunidade interna (alunos e profissionais) e externa (comunidade, pais e familiares).

Autora: SANTOS, Taiane Marques. Conscientização da reciclagem do óleo usado, 2008.

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domingo, 5 de setembro de 2010

REFLEXÃO SOBRE COMPETÊNCIAS INERENTES DO CARGO DO GESTOR EDUCACIONAL E O PAPEL SOCIAL DA ESCOLA

Cíntia Caroline Corotti
Taiane Marques dos Santos

Equipe pedagógica, alunos, comunidade formam a alma da escola. Uma boa escola é aquela que toda sua equipe trabalha pela qualidade do ensino, e da conservação deste ambiente. O papel do gestor educacional neste ambiente é animar e fortalecer esta equipe.
É importante que no ambiente escolar a equipe pedagógica esteja unida fazendo da escola um espaço destinado ao ensino aprendizagem, afinal nada adianta a escola ter ótimos recursos materiais, se os membros não estão engajados.
No processo de organização escolar está nas mãos do gestor estimular funcionários na criação de um ambiente acolhedor para atender as necessidades da comunidade e cumprir o seu projeto pedagógico com qualidade.
O gestor deve saber quais são as reais necessidades de sua comunidade para buscar meios de minimizar os resultados negativos e explorar os positivos, atendendo as expectativas e carências de sua comunidade e isso só é conquistado com o envolvimento da equipe escolar e o direcionamento de seu gestor. A escola deve, assim, ter a sensibilidade ao identificar as necessidades da comunidade escolar, a fim de sanar suas necessidades através do projeto pedagógico.
O bom gestor educacional:
- Está atento, não somente na administração escolar, mas também na parte pedagógica e social da escola;
- Busca oportunidades presentes na comunidade e no mundo científico, buscando sempre unir estes conhecimentos em prol da educação;
- É democrática;
- Projeta as necessidades dos alunos e da sociedade no projeto pedagógico da escola;
- É líder compartilha suas vivências escuta os professores;
- Oportuniza novas práticas o que contribui com o ensino-aprendizagem;
- Propõem situações de troca de experiências entre professores, que posteriormente serão colocadas em prática.
As mudanças inovadoras não acontecem da noite para o dia e o papel do gestor é incentivar e dar esta acessória.
A liderança positiva quer que as pessoas cresçam junto com ela. O gestor atua como um facilitador no processo de mudança rumo a uma educação de qualidade.

Autora: COROTTI, Cíntia Caroline e SANTOS, Taiane Marques. Reflexão sobre competências inerentes ao cargo de gestor educacional e o papel social da escola, 2010.

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PURIFICAÇÃO RACIAL

O papel do mais forte é dominar. Não se deve misturar com o mais fraco, sacrificando assim a grandeza própria. ... Esse instinto que vigora em toda a natureza, essa tendência à purificação racial, tem por conseqüência, não só levantar uma barreira poderosa entre cada raça e o mundo exterior, como também uniformizar as disposições naturais. A raposa é sempre raposa, o ganso, o ganso, o tigre, o tigre, et ... A América do Norte, cuja população, decididamente, na sua maior parte, se compõe de elementos germânicos, que só muito pouco se misturaram com povos inferiores e de cor, apresenta outra humanidade e cultura do que a América Central e do Sul, onde os imigrantes, quase todos latinos, se fundiram em grande número, com os habitantes indígenas. Bastaria esse exemplo para fazer conhecer clara e distintamente, o efeito da fusão de raças. O germano do continente americano elevou-se até a dominação deste, por se ter conservado mais puro e sem mistura; ali continuará a imperar, enquanto não se deixa vitimar pelo pecado da mistura de sangue.
Trecho do livro, Minha Luta

ENSINANDO O HOLOCAUSTO ATRAVÉS DO DIÁRIO DE ANNE FRANK

Marili Berg
“Ela foi uma jovem escritora maravilhosa. Era um assombro para uma menina de 13 anos. Vê-la ganhar domínio sobre as coisas é como assistir a um filme acelerado de um feto que vai ganhando rosto... De repente ela descobre a reflexão, há retratos de pessoas, esboços de personagens, há episódios longos, cheios de acontecimentos intrincados, tão lindamente narrados que parecem ter passado por uma dúzia de rascunhos. E, nenhum desejo venenoso de ser interessante ou séria. Ela simplesmente é...”
Philip Roth, Diário de uma ilusão.

O MUNDO DE ANNE FRANK (1929-1945)

O diário de Anne Frank foi escrito em Amsterdã durante a ocupação nazista da Holanda. Seus pais, Otto e Edith Frank, chegaram na Holanda em 1933, vindos da Alemanha. Quando começou a expulsão massiva dos judeus da Holanda, a família Frank decidiu esconder-se por não acreditar nas promessas alemãs de um reassentamento dos judeus em campos de trabalho na Europa.
Entre 09 de julho de 1942 e 04 de agosto de 1945, Anne Frank e sua família viveram escondidos com outros quatro judeus no Anexo de uma casa em Amsterdã, recebendo a ajuda de quatro amigos não judeus.
Depois de descobertos pela polícia alemã, a família Frank foi transferida para o Campo de Westerbork e, em setembro de 1944, para o Campo de Auschwitz. Pouco tempo depois, transferida com sua irmã Margot para o Campo de Bergen-Belsen, Anne Frank, doente, faleceu em março de 1945.
Durante o tempo em que viveu escondida no Anexo Secreto, Anne Frank escreveu vários contos e iniciou uma novela. Tornou-se famosa graças ao seu diário, encontrado por Miep Gies e entregue ao seu pai, Otto Frank, libertado de Auschwitz após a guerra e o único sobrevivente de todos os ocupantes do Anexo.
Em seu diário, Anne Frank descreve com fidelidade as condições de vida do esconderijo, o medo e a opressão constantes. O “Diário de Anne Frank” trata da guerra de Hitler contra os judeus, da situação da Holanda durante a Segunda Guerra Mundial e da invasão aliada da Europa descrita por uma jovem menina judia alemã escondida dentro do Anexo secreto de uma casa na Holanda ocupada.
Hoje a casa que serviu de esconderijo para a família Frank é um museu histórico, o Museu Anne Frank.
A partir do “Diário de Anne Frank” podemos traçar um projeto formulando questões fundamentais e pertinentes sob a perspectiva histórica para o estudo do Holocausto nas salas de aula do ensino fundamental, médio e universitário. A tarefa é um grande desafio a ser assumido pelos professores, pois a guerra nazista contra os judeus é uma narrativa aterradora que poderia chocar os alunos, de tal forma que talvez levassem os professores a hesitar em trabalhar com um episódio histórico marcado por tanto ódio, crueldade e mortes.
O ensino do Holocausto gera em si uma série de dilemas e reflexões desafiadoras e, dentre elas, a que diz respeito a dificuldade em tratar o tema da Solução Final, ou seja, a experiência dos Campos de Concentração e de Extermínio. Há alguns que defendem a posição de evitar tratar o tema em salas de aula. Mas, muitos são aqueles que assumem a firme posição de ser imprescindível tratar o tema, argumentando que o Holocausto terminou nos campos de concentração e de extermínio, e a omissão do estudo destes fatos terminaria por descaracterizar o próprio Holocausto, como a planificada aniquilação total de um grupo nacional e étnico e a ideologia apocalíptica que o motivou. Em outras palavras, se eliminarmos do Holocausto a verdade básica de que foi a planificada aniquilação total do povo judeu e o concreto assassinato de seis milhões deles, o Holocausto perde o seu sentido.
Ao mesmo tempo, é fundamental ter sempre presente de que não foi aquilo que os nazistas disseram sobre os judeus, que já representava um fato novo e único na história do antissemitismo, mas sim propriamente aquilo que fizeram.
Anne Frank foi uma das vítimas do Holocausto, uma criança judia dentre as 1,5 milhão de crianças judias que perderam suas vidas.
Conhecer a história e manter viva a memória sempre foi e continuará sendo uma questão vital para todos os tempos, pois está diretamente associada à importância de educar as novas gerações sobre os conceitos fundamentais de democracia, liberdade, tolerância, respeito mútuo, direitos humanos e, principalmente, o direito de “ser” humano.
Podemos evitar a banalização do mal e educar cidadãos conscientes, tendo presente que a história consiste de fatos e é dever dos historiadores e educadores registrar esses acontecimentos do modo mais completo possível. Agindo desta forma, além de garantir um futuro melhor para as novas gerações, estaremos possibilitando um diagnóstico mais correto do presente, a partir da demarcação do conhecimento do passado.


Acesse também: http://projetoexperienciaspedagogicas.blogspot.com/

NANETTE BLITZ KONIG

Nacionalidade: Holandesa. Data de nascimento: abril/1929. Entrevistado por: Rosana Meiches, Ana Carolina Duarte e Lilian F. Souza – Núcleo de História Oral ArqshoahData da entrevista: 28/11/2008





NANETTE BLITZ KONIG (e seu marido) Foto tirada, por Taiane Marques dos Santos, em 28 de agosto de 2010 durante, Jornada Interdisciplinar Sobre o Holocausto na USP





Nasci em Amsterdã, Holanda, em abril de 1929. Meu pai chamava-se Martijn Willem Blitz, natural da Holanda, atuava na gerência do Banco de Amsterdã. Minha mãe Helene Victoria Davids nasceu em Kimberley na África do Sul onde morava sua família que, durante a Primeira Guerra Mundial, retornou à Inglaterra. Meu irmão Bernard Martijn nasceu em agosto de 1927 e meu irmão mais novo, Willem, em 1932. Ele faleceu em novembro de 1936. Em casa falávamos o holandês e o inglês. Tínhamos aula de religião com um rabino. Tive uma juventude feliz. Estudava numa escola pública diferenciada, em função de uma vizinhança privilegiada. Meu pai recebia muitas visitas do exterior porque ele trabalhava com papéis estrangeiros. Chegamos a ir em férias à Suíça, Inglaterra...Quando os nazistas invadiram a Holanda em 1940, todas as famílias judias tiveram que se registrar na prefeitura. Usávamos a estrela amarela, desde 1942. Exigiram também que os judeus das províncias viessem para Amsterdã. As autoridades do governo de Amsterdã deram para os alemães mapas identificando os locais onde residiam a maioria dos judeus, o que facilitou o trabalho da deportação.
Minha deportação demorou um pouco mais, porque minha mãe, por ter nascido na África do Sul, alegava que não era judia. Nada conseguiu com a tentativa... Foi nessa época que encontrei Anne Frank, em outubro de 1941 no liceu judaico, quando não era mais permitido aos alunos judeus freqüentar escolas públicas. Fui a única aluna da classe, que encontrou Anne em Bergen Belsen, um mês antes dela falecer. Falei com ela várias vezes e durante estas conversas contou-me que queria usar o diário que estava escrevendo como base de um livro a ser publicado depois da guerra. Tenho comigo ainda a carta que seu pai me mandou depois da guerra. Seu pai Otto Frank, chegou a visitar-me em outubro de 1945 no sanatório em Santpoor, próximo de Haarlem onde eu estava me recuperando de um ferimento. Contou-me que pretendia publicar o diário de sua filha Anne. Ainda hoje mantenho contato com os outros alunos da minha classe.
Por ocasião da invasão dos nazistas à Holanda, meu pai foi impedido de trabalhar no banco, tendo acatado a orientação de se demitir. Foi colocado junto com a família numa lista de judeus que deveriam ir para a Palestina, supostamente, para sermos trocados por prisioneiros de guerra. Meu pai faleceu em 24 de novembro de 1944, antes desta ordem ser executada. Em 29 de setembro de 1943 fomos levados para Westerbork, um campo de transição. Todas as terças-feiras saiam de Westerbork um trem com 2 mil judeus que eram transportados direto para Bergen-Belsen e para os campos de extermínio em Auschwitz - Birkenau, Sobibor.
Meu pai chegou a enviar uma carta a um conhecido na Suíça, que trabalhava em banco. Nesta carta, meu pai dizia que podia receber pacotes. Após a guerra, este senhor me escreveu e me enviou, em anexo, a carta que meu pai lhe havia escrito e disse que sentia muito não ter-lhe dado resposta. Eu guardei estas cartas. No dia 15 de fevereiro de 1944 fomos levados para Bergen Belsen em um trem comum.
Nesse campo eu ajudava a cuidar das crianças e fazia mais alguns serviços... Os nazistas faziam os homens trabalhar como cavalos, Foi horrível... No dia 4 de dezembro, meu irmão Bernard foi deportado para Oranienburg perto de Sachsenhausen. Foi morto assim que chegou ao campo. Minha mãe foi deportada para uma mina de sal em Beendorf onde funcionava uma fábrica para produzir peças para aviões. Ali, as condições de trabalho eram terríveis. Em abril de 1945 ela morreu no trem que eventualmente chegou até à Suécia.
Eu continuei em Bergen Belsen, junto com minhas primas. Em 15 de abril de 1945, os ingleses entraram. Eu pesava apenas 32 kg e estava com tifo. Consegui manter meus documentos comigo e quando os ingleses me encontraram, entrei em coma. Tive pneumonia e tuberculose. Perto de Bergen-Belsen funcionava uma escola militar, que foi usada para alojar alguns dos ex-prisioneiros. Acordei no chão num colchonete, numa das barracas onde os prisioneiros alemães foram compelidos a ‘cuidar’ dos doentes. Um major inglês me viu e achou que eu fosse inglesa. Por causa disso fui transferida para uma cama e recebi a visita de um oficial médico que cuidou do ferimento que eu havia contraído anteriormente. Fui transferida para um hospital em Celle de onde fui transportada de avião para Eindhoven, na Holanda. No outono fui levada para um sanatório em Santpoort perto de Haarlem, onde fiquei durante três anos, recuperando-me. Uma enfermeira, que cuidou do meu falecido irmãozinho, veio ao sanatório e se ofereceu para cuidar de mim. Somente em maio de 1948 obtive alta do sanatório.
Minhas duas primas que também sobreviveram. Na época tinham dois e oito anos. Foram colocadas num trem que foi libertado pelos russos. Os seus pais não sobreviveram. Elas ficaram em um orfanato em Amsterdã. Várias famílias holandesas adotaram crianças judias durante a guerra, salvando-as dos alemães nazistas. Muitas destas famílias, após a guerra, não devolveram estas crianças aos seus pais e, muitas elas não sabem sequer que foram adotadas, infelizmente.
Um amigo de meu pai foi meu tutor na Holanda, pois meu pai havia deixado uma carta com nomes de pessoas que poderiam nos ajudar, caso ele faltasse. Tenho estes nomes comigo ainda hoje. Eu procurei pelo dinheiro de meu pai, mas me disseram que o dinheiro dos judeus havia sido transferido para o banco, e que este banco não existia mais. O banco onde papai havia trabalhado me pagava uma importância mensal, como sua descendente. Depois, meu tutor aconselhou-me a abrir mão deste valor, pois “já era suficiente”.
Minha tia, irmã de minha mãe insistiu para que eu morasse na Inglaterra. Mudei em abril de 1949. Estudei e formei-me em secretária bilíngüe. Trabalhei num banco comercial no centro financeiro até me casar, em agosto de 1953, com John Konig, nascido em Budapeste, engenheiro formado na Inglaterra, cujos pais faleceram pouco tempo após o
final guerra. Em 1951, John veio ao Brasil, à trabalho. Logo após nosso casamento, emigramos para o Brasil e em junho do ano seguinte nasceu nossa primeira filha, Elizabeth Helene.
Em dezembro de 1956 resolvemos nos mudar para os Estados Unidos, pois John iria trabalhar para uma companhia multinacional. Em setembro de 1957 nasceu Judith Marion, nossa segunda filha. Em janeiro 1959 John foi enviado para Argentina onde residimos por cinco meses, enquanto John participava do início das operações da fábrica da empresa onde trabalhava. Em maio de 1959 regressamos ao Brasil. Meu terceiro filho Martin Joseph nasceu em maio de 1962, em São Paulo.
Sou muitas vezes convidada dar apresentações sobre as minhas experiências durante a guerra, especialmente por causa da minha ligação de amizade com Anne Frank.
A lembrança mais forte que guardo dessa época foi quando fomos arrancados de casa. Até hoje escuto a batida na porta, a gritaria, a baixaria. Uma coisa que não se transmite são os cheiros, os gritos e a desumanização! As pessoas não eram nada... Pouco antes dos ingleses entrarem em Bergen Belsen, eu estava em uma fila para buscar água e, de repente, o guarda me tirou de lado e apontou-me a arma. Eu demonstrei indiferença: e daí, diante da minha indiferença, ele atirou no ar. Acho que ele não tinha prazer em me matar. Ainda hoje eu me pergunto, se mataram tantos porque não me mataram também?
Recordo-me também de outro momento, que nós ficamos em pé, em uma fila para ser contados em Bergen-Belsen: a gente nunca sabia quem ia ser tirado da fila. Eu enfrentei Joseph Kramer que me chamou, e naquela hora poderia ter sido condenada à morte, foram todos, e eu fiquei. Eu não era nem melhor nem pior... O que lamento é a falta de conhecimento da história do Holocausto, da história européia. Há um total desinteresse sobre o Holocausto. Eu não acredito que existam pessoas que negam o que aconteceu.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

ADIANTAMENTO – APM/PTRF/PDDE – Orientações Cir. 32/2010

- Limites de valores por serviço

* Adiantamento:

  R$ 4.000,00 (quatro mil reais) – por serviço  - incluindo mão de obra + material. (Decreto nº 48592 – 06/08/2007 – art.5)

* PTRF

  R$ 8.000,00 (oito mil reais) – por serviço – mão de obra + material. (Lei nº 8666 – 21/06/1993 – art. 24, inciso 2º)

_ Código de Serviços do ISS

 É entendimento desta Diretoria que os códigos 1015, 1023, são comuns para obras de construção civil, sendo assim, não se enquadram para intervenções de pequenos reparos das Unidades Escolares. (Decreto nº 50896 – 01/10/2009)

Orientamos que deva ser utilizado o código 1058, para reparos, manutenção de: alvenaria, hidráulica, elétrica e outros dispostos no Decreto nº 50896 – 01/10/2009.

- INSS

DRE IP orienta pedir a declaração de não retenção na fonte do INSS, aos prestadores de serviço, mesmo sendo Optantes do Simples Nacional, visando maior segurança para o tomador de serviço.

- Pesquisas de Prestadores de Serviço

 Orientamos que as pesquisas referentes ao CNPJ, SIMPLES NACIONAL, FDC (CCM) devem ser feitas antes da realização do serviço e devem acompanhar a NF.

 Acompanham os processos de prestação de contas: SIMPLES NACIONAL E FDC (CCM), quando não houver a retenção dos referidos impostos.

Aquisições com PTRF

Está autorizada no período de  23/08/2010 a 10/09/2010, a compra de papel higiênico, programem-se para que não falte papel até 25 de setembro

A compra de memória para o computador Positivo Branco está suspensa a partir dessa data até uma resposta efetiva de SME.
DEMANDA ESCOLAR – EDUCAÇÃO INFANTIL

Leve Leite – orientação circular 32-2010

  • Dia 01, 02 e 03/09 – Digitação do Relatório de Freqüência no EOL. Só tem direito ao leite o aluno que tiver 90% de freqüência no mês (PORTARIA Nº 1.587, DE 20 DE FEVEREIRO DE 2009);
  • Dia 01, 02 e 03/09 – Digitação do Relatório de Estoque do Nestogeno 1 e 2 no EOL, apenas os CEIs –– no EOL – item 5;
  • Os CEIs que não tem mais bebês para receber o Nestogeno 1 ou 2 do Programa Leve Leite e tem estoque deve solicitar a retirada através de formulário próprio ( site da Merenda);
  • O Cronograma de entrega do 5º ciclo do Programa Leite Leite foi publicado no DOC de 27.08.10 pág. 07, as U.E.s devem dar ciência aos pais/ comunidade;
  • A U.E. deve consultar os relatórios do leite nos itens 5.3 - "Motivos do Correio" e 5.4 - "Alunos com Pendência de Correção", COLOCANDO O PERÍODO DE REFERÊNCIA 0410 até 0510 e fazer alguma alteração ou confirmação (movimentação) no sistema EOL, pois após um insucesso de entrega o aluno fica suspenso da quantificação do leite para o próximo ciclo;
  • Informamos que a partir de 01/09/2010, não serão mais atendido os pedidos de entrega especial de leite referente ao ano de 2009. Após um ano de implantação do Projeto de entrega domiciliar (31/08/10), as pendências serão desconsideradas pelo sistema informatizado.


 

- Ciclos de Entregas do Programa Leve Leite:

Ciclo de Entrega

2010

Mês da entrega

Cronograma publicado no DOC

Período de Referência para consultar os relatórios no EOL (item 5)

Mês de freqüência do aluno utilizado para entrega do ciclo

 

Dezembro/Janeiro/Fevereiro 

1109 – 1109 

Para todos os alunos 

 

Março/Abril 

1810 – 1810 

Para todos os alunos 

 

Maio/Junho

0210 – 0310 

Fevereiro e Março 

 

Julho/Agosto 

0410 - 0510 

Abril e Maio 

 

Setembro/ Outubro 

0610 – 0710 

Junho e Julho

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Planeta Sustentável – Links para as páginas

Planeta Sustentável

E-lixo Maps mostra postos de coleta mais próximos do usuário

Abril - Planeta Sustentável:

Alexandre Battibugli
descarte de eletrônicos

E-lixo Maps mostra postos de coleta mais próximos do usuário

Em São Paulo, o projeto E-lixo Maps utiliza a plataforma do Google Maps para ajudar o internauta a encontrar os postos de coleta de eletrônicos mais próximos da sua casa ou trabalho
Você já sabe que baterias, celulares, carregadores, computadores, televisores e pilhas velhas não devem ser jogados no lixo comum - esse material tem metais que podem contaminar o solo e a água. Mas o que fazer com todo esse lixo eletrônico, apelidado de e-lixo? Em São Paulo, a Secretaria do Meio Ambiente, em parceria com o Instituto Sergio Motta, criou o projeto "e-lixo maps": um site que usa a plataforma do Google Maps para o usuário encontrar lugares que coletam aparelhos obsoletos ou fora de uso e que dão um destino mais ecológico a eles. Dá para checar os postos mais próximos da sua casa ou trabalho, facilitando um bocado a vida. Agora não tem mais desculpa na hora de descartar seu lixo eletrônico.

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