A escola e o lar é o local em que as crianças e os adolescentes passam a maior parte do seu tempo, naturalmente deve ser onde eles tenham maior proteção, mas muitas vezes não é isso que acontece. Trabalhando com crianças e adolescentes, observamos que muitos dos nossos alunos sofrem ou já sofreram algum tipo de violência, o que em geral acontece por desconhecimento quanto aos direitos, deveres e necessidades da criança e/ou adolescente. Por isto entendemos que devemos aproximar a família da escola orientando-a sobre a importância do respeito aos direitos das crianças e/ou adolescentes e suas necessidades, e dos deveres e responsabilidade dos pais na criação de seus filhos, a fim de que eles se tornem adultos maduros e responsáveis, consciente de seus direitos e deveres capazes de exercer sua cidadania em sua plenitude.
A escola e a família já se relacionam rotineiramente por causa do processo de aprendizagem dos jovens, portanto a escola é um local privilegiado de trabalho com as famílias. O próprio desenvolvimento do processo de aprendizagem do aluno muitas vezes é reflexo de situações familiares complexas e difíceis que o aluno vive, sendo este um dos pontos em que podemos interferir e obter bons resultados com a aplicação deste projeto.
Os profissionais de educação e principalmente os professores também devem ser informados e sensibilizados quanto as mais variadas formas de violências e desrespeitos dos direitos das crianças e dos adolescentes, afim de que eles sejam promotores de laços de proteção, disseminadores e atores de boas condutas.
É necessário:
Estreitar o vínculo entre as instituições Escola - Família, partes muito importantes da uma rede de proteção contra a violência com os nossos alunos, considerando-se a Escola como formadora de opinião, geradora de conhecimento e conscientizadora dos elementos da Família, de seus alunos e seus professores;
Instruir e sensibilizar professores e profissionais de educação a fim de que eles tenham subsídios para identificar casos de violência contra as crianças e adolescentes da escola;
Disseminar a prática da formação de rede de proteção aos profissionais de educação e aos pais de nossos alunos, estimulando-os a dela participarem;
Oferecer orientações aos pais sobre a importância do respeito dos direitos da criança e deveres, responsabilidades e direitos dos pais na criação de seus filhos;
Estreitar laços existentes entre escola e pais promovendo uma proteção mais efetiva de nossos alunos criando um espaço de troca e aprendizado sobre o processo de educação da criança e do adolescente.
Com a realização de capacitação, conscientização e sensibilização pretende-se transformar o modo de agir e pensar de todos os profissionais de educação de nossas escolas: a fim de que eles possam ser multiplicadores de informações recebidas sobre causas, conseqüências, incidências e fatores de risco, cidadania, questões de gênero, sexualidade, consciência de limites e deveres, preconceitos entre outros, e para que possam responder adequadamente diante de confidências e denúncias, sabendo identificar, notificar, encaminhar e acompanhar crianças e adolescentes em situações de violência e risco pessoal e otimizar a utilização dos serviços e recursos da comunidade pela população por meio da aproximação entre ambos.
Com a realização de sensibilização pretende-se transformar também o modo de agir e pensar dos elementos das famílias de alunos que se tiver detectado estar sofrendo violência doméstica para que esta não mais aconteça.
Em uma reunião pedagógica, com a presença de todos os segmentos de educadores das unidades, pode-se realizar a conscientização e sensibilização sobre a importância que a escola exerce na formação e na composição da rede de proteção contra a violência dos alunos, e que ela não é apenas promotora desta ação, ela pode também identificar se as outras instituições responsáveis pelos direitos das crianças e adolescentes estão cumprindo com seus deveres.
Em uma reunião de pais, pode-se dar uma palestra sobre o papel da família e da escola na formação de rede de proteção na infância e na adolescência, sobre os direitos e necessidades essenciais destes jovens e sobre as responsabilidades e deveres dos que possuem a sua guarda.
Durante a realização desta capacitação, conscientização e sensibilização, pode-se identificar os casos de risco e / ou incidência de violência contra a criança ou adolescente e avaliar para cada caso e verificar possíveis interferências.
O trabalho com os responsáveis pelas crianças ou adolescentes que estejam sofrendo violência se prolongará por todo o ano letivo, ou até que se tenha transformado o modo de agir/pensar destas famílias envolvidas.
Autoras: SANTOS, Taiane Marques e GROSCHITZ, Irene. O papel da escola na proteção de crianças e adolescentes em situação de risco, 2008.
Disponível em: Disponível em: http://projetoexperienciaspedagogicas.blogspot.com.
Às companheiras do CEI,
Estamos inaugurando esse blog para facilitar a busca por textos, divulgação dos projetos e socialização das nossas experiências, especialmente para nós mesmos da equipe do CEI, como para outros interessados. Em breve adicionarei ná página mecanismos de organização dos conteúdos. Por enquanto, estou publicando os textos com "tags" (palavras-chave) do tipo PEAS 2010, Relações Étnico-Raciais, Educação Ambiental que podem ser clicadas ao final da postagem para selecionar os textos do mesmo assunto. Qualquer um do CEI que aceitar o convite para participar do blog poderá postar notícias e textos.
Abraços,
Sérgio
Abraços,
Sérgio
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
O PAPEL DA ESCOLA NA PROTEÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RISCO
Marcadores:
Direito da criança e do adolescete,
ECA,
Proteção a Criança
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário